15.11.20

Não precisa de máscara para observar

 

Vá ao Jardim da Quinta dos Condes dos Arcos! E faça como o palhaço, sem o ser… Lá não há alarmistas, nem aventureiros.
Já me disseram que na primeira foto é visível um espantalho e não um palhaço. Não duvido, mas por estes tempos, qual é a diferença?
Nestas hortas, há de tudo… até orvalho!

13.11.20

Na caixa do correio

Na caixa de correio, nada do que fora prometido - um pequeno acessório de um aparelho de ar condicionado. Nada de essencial, não fosse um acessório… E nesta vida, valorizamos cada vez mais os acessórios!
Na caixa de correio eletrónico, dezenas de promoções não solicitadas… todas acessórias, mas com uma particularidade - os chineses querem que eu lhes confirme o contacto, pois o que têm para me oferecer é significativo, essencial.
Na realidade, eu nem queria abordar tal tema, mas lembrei-me dos tempos em que não havia caixa do correio. Se correio houvesse, seria entregue em mão ou, até, em corpo inteiro, mesmo que alma tivesse andado transviada.
Por exemplo, naquela sexta-feira - dia treze? - o romeiro, a fingir de 'ninguém', apresentou-se no palácio que dele fora, a saber novas de sua esposa… 
Tudo teria sido menos dramático, se ele tivesse enviado um e-mail. Madalena tê-lo-ia bloqueado e as mortalhas teriam sido poupadas.

9.11.20

Mal-estar


Talvez pudesse eliminar o hífen, mas ele ajuda-me a superar a inquietação mental e física. Claro que não estou sozinho, o mal-estar parece ser geral - ia a escrever 'coletivo', mas não entendo a substância da palavra. Poderia ter escrito 'significado'… o que me levaria à referência, à ideia de uma mole enorme pesarosa, sofredora, cambaleante… Mas não, o mal-estar é geral.
Qualquer sintoma desperta dramatização. No palco entram em cena múltiplas situações, todas derrotistas, como se a espada do velho Dâmocles se multiplicasse… e agora, surge a dúvida: - velho, porquê? A lenda. apenas, diz que era um cortesão… que, mais tarde, acabou por ser útil a Cicero. 
E o mal-estar também tem origem nesta dispersão em que o popular e o académico se combinam, querendo nós, por força, moldar o sentido do que a pouco e pouco se vai degradando…
Felizmente, este mal-estar não é diferente do de outras épocas, em que, apesar das sucessivas barbáries, alguma luz voltou a brilhar. 
Ah! se eu pudesse eliminar o hífen!

8.11.20

A Besta

 "E vi subir da terra outra besta, tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão." (Apocalipse 13:11)

Afinal, a Besta foi derrotada, mas, como todas as bestas, tem dificuldade em aceitar o resultado… Esperemos que, no tempo que lhe resta, não faça nenhuma asneira que nos atire para o abismo.

5.11.20

Preocupante!


No século XXI, nos Estados Unidos, os votantes não são todos iguais. Num estado, valem mais; noutro valem menos… 
230.000 mortos não parecem ser motivo suficiente para desalojar uma Administração que deu sobeja prova de incompetência e de desrespeito diários - uma administração abjeta.
Por cá, os sinais são, também, de preocupação. Oficialmente, 2740 indivíduos já morreram de COVID-19. No entanto, as entidades oficiais e a comunicação social desvalorizam o problema, ao repetirem permanentemente que a grande maioria dos falecidos tem mais de 80 anos…

2.11.20

Fora do concelho

O que faço eu aqui? Só no regresso à Portela, o constrangimento policial.

Leiria 2 nov. 2020

Leiria 2 nov. 2020

1.11.20

Idiotice matinal


Casais de Igreja, Assentiz
Casais de Igreja, Assentis

O moço chama-se Simão! Aquele que ouve. Ouvinte. De facto, o moço brasileiro tem essa rara qualidade e sabe contar estórias…
Enquanto esperava o café, comecei a pensar em chamar-lhe Pedro. Ali, ao lado, as mesas estavam ocupadas por clientes habituais, mas que, neste dia, «fazem horas» para ir à missa… Talvez o olhar para aquelas criaturas de Deus me tenha despertado a ideia de que também eu poderia transformar o pescador em pedra…
No entanto, tal criancice - ou seria desafio? - afligiu-me, despertando estranhos vislumbres de violência doméstica - distante, sim, mas presente, sobretudo, quando Deus se atravessa, rebatizando as criaturas sem lhes pedir anuência…
O problema não é tanto o da violência humana, para a qual certamente contribuímos, ao ponto de lhe assumirmos uma parcela de culpa, mas, sim, a violência gratuita que nos confina sem qualquer explicação ou, quando exista, nos seja apresentada de forma paternalística.