17.9.22

A origem

 

A origem do quê?
Talvez pudesse responder, mas não quero, pois os deuses poderiam levar a mal...
De facto, da origem sabemos cada vez menos. E que importa?
O presente já nos basta.
E quanto ao futuro, quem vier que feche a porta.

O que vejo é quase nada e o que oiço menos ainda.
Claro, há sempre quem nos peça a conta como se pagar fosse a forma de fugir ao esquecimento...

Agora que o frio se aproxima, o melhor é desligar a corrente e hibernar, deixando as respostas para outra ocasião.
Desligar das palavras é uma tentação.

(Foto: Museu do vinho da Bairrada)

13.9.22

Chegado setembro

 Agora que a chuva regressou, parte das nossas vidas voltou ao normal. A outra parte escapa-nos e, como tal, o melhor é deixá-la seguir o seu curso.... De preferência, com uma pitada de sal e não necessita de ser o dos dominicanos..

(De Águeda às salinas de Aveiro, passando pela Quinta, em São Lourenço do Bairro. O atendimento da Drª Sílvia no solar do século XVIII é exemplar.)

De notar que nesta zona, a água parece não faltar.






10.9.22

O que fazer com estes deuses?

 

Já cheguei ao final do terceiro capítulo da Eneida. Leitura lenta, pois são mais as notas do que o texto...
À época, o mediterrâneo seria um mar assustador, mas o que mais impressiona é, afinal, a questão da responsabilidade. 
A ação humana era totalmente determinada pelos conflitos entre os deuses, cujo código de conduta era inexistente e a promiscuidade absoluta.

A talho de foice, parece que os deuses protestantes são os verdadeiros, pelo menos, para o rei Carlos III.
Por cá, fico com a ideia de que voltámos a ser uma colónia britânica, apesar dos verdadeiros deuses serem outros...
E depois queixam-se da irresponsabilidade humana! 

( A foto foi tirada no Museu do vinho da Bairrada.)

7.9.22

Dona Lídia

 

Dona Lídia já fez 80 anos. Trabalha há 56 anos ao serviço de senhores vários, uns terrenos, outros divinos. Continua a assegurar o seu sustento, sempre com um sorriso  e um discurso claro e conciso.
Combate as mazelas, sobretudo do joelho, deslocando-se de bicicleta em São Lourenço do Bairro e redondezas, todas, mais ou menos, ligadas à produção de vinho.
Esta foto foi por si autorizada, apesar do 'avental'. Eram 9 horas da manhã, depois de já ter ido a Vilarinho do Bairro buscar umas análises, que a não devem ter afligido. No momento, deslocava-se para para Paredes do Bairro.
Vive longe das redes sociais, mas não da realidade.

5.9.22

No dia do anúncio do bodo aos pobres

 


No dia do anúncio do bodo aos pobres, convido-vos a pensar na origem da riqueza que tal permite.
Talvez a foto ao lado nos ajude a explicar o gesto governamental.
Esperemos, no entanto, que Costa não esteja a repetir Sócrates, com as consequências de que muitos ainda se lembram.

3.9.22

Às ordens de Juno

 



Enquanto Eneias não recupera a armada ventalizada às ordens de Juno, deixo aqui uma nova foto da quinta de São Lourenço... (do Bairro).
Embora não me considere sob a atenção da deusa filha e esposa de Júpiter, prefiro não lhe dar pretexto a que solte os ventos à guarda de Éolo.



1.9.22

O sofrimento das vinhas

                 


                                        

A visita ao Museu do vinho da Bairrada vale a pena, nem que seja para perceber o sofrimento das vinhas em tempo de míldio.

O que seria, em tempo de Covid, ser injetado com estes instrumentos? E ainda há quem se queixe!

O Museu é muito interessante, mas não 'oferece' prova de vinho... nem vende.
A entrada custa um euro.