31.12.22

À porta de 2023


O que pensar?
De 2022, a memória é claramente negativa. 
Incapazes de negociar a paz, continuamos a festejar como se nada estivesse a acontecer...

Desejar o quê?
Só a paz! No entanto, quem pode não a quer.
O rebanho continua a pastar... 

Espero, assim, que, em 2023, seja possível afastar do poder os tiranos que espezinham a humanidade.

27.12.22

Foi Tudo e hoje é Nada


Poder-se-ia pensar que partiu no princípio do inverno, mas não: deixou de haver princípio e a ideia de retorno é-lhe absurda.
Nem sequer o tempo lhe pode abrir outra via.

Foi Tudo e hoje é  Nada. 
NIHIL!

As palavras costumeiras deixaram de fazer sentido... 

Que a sua lucidez não nos falte!

24.12.22

O milagre chegou mais cedo

Mais valia estar de olhos fechados a ver se os aranhiços somem de vez... dizem-me que eles são de curta duração - talvez três dias!
Mesmo que tal não aconteça, não tenho motivo para agravo, pois o milagre chegou mais cedo - já lá vão 10 dias depois de ter sido atropelado sobre uma passadeira e nada de grave terá acontecido - o impacto foi violento, mas o corpo defendeu-se bem.
De pouco serve acusar a condutora, que de nada se apercebeu, pois também ela foi vítima do mau funcionamento da chauffage. 
A culpa é, afinal, das condições de vida: chega-se do Brasil a Portugal na expectativa de trabalho bem remunerado que permita deslocar-se facilmente, mas tudo não passa de logro...
Solução: arranja-se um automóvel a cair aos bocados por umas centenas de euros, a pagar logo que a vida melhore… e depois é o que se sabe: a engrenagem cega… e pode matar.
Desta vez o milagre chegou mais cedo!

22.12.22

Desenfreados

 

Pensei que algo teria mudado no presépio dos Bombeiros Voluntários de Portela e Moscavide, mas tudo continua na mesma. Nem podia ser de outro modo. Afinal, de Belém para cá o que é que mudou?
O ser humano não tem cura por muito que pregue o contrário. Por ora, nem a pele natalícia consegue vestir... e não precisava de ser a lobo,  bastava a do cordeiro...
A verdade é que as armas não se calam e nem o frio as consegue travar.
Resta-nos o consumo, desenfreado.

16.12.22

Não estamos a falar...

Bombeiros voluntários de Moscavide e Portela
«Perde-se muito não falando com as pessoas.» José Saramago, Viagem a Portugal, pág. 89.

Escrever não é falar, mesmo que Saramago tenha sido exímio na arte de escrever como se estivesse a falar... 
Na escrita e na leitura não há interação entre as pessoas. Cada interlocutor fica sozinho com os seus pensamentos…
Faltam as 'presenças' e, consequentemente, faltam as réplicas e os seus efeitos - a ação verbal torna-se indireta e facilmente manipulável.
Já não há diálogo e onde este falha deixa de haver vida.
Apreciamos os símbolos, mas também eles são a expressão de um diálogo cada vez mais sem sentido.

12.12.22

É só olhar para o mapa...

Não há muito mais a dizer: Marrocos eliminou Portugal; Putin continua a destruir a Ucrânia, a seu belo prazer; no Irão, a liberdade de expressão abre a porta à forca; a Turquia ameaça bombardear Atenas... Enfim, é só olhar para o mapa, pois em cada canto há esbirros com ganas de destruir a torto e a direito…
Por cá, em tempo de rebofa, o preclaro caçarelho vai iniciar o périplo das 'urgências', com o ouvido na bola.

Com votos de Festas sossegadas, vou 'deliciar-me' com a Viagem a Portugal, de José Saramago, apesar do excesso de igrejas, mas a culpa não é do Viajante, mas, sim, das sombras que nos guiam...

10.12.22

A táctica falhou

(Marrocos eliminou Portugal no Mundial de Futebol.)

Eles sempre foram em maior número. Pelo menos, é o que nos ensinam desde as primeiras letras.
Perdemos mais uma vez e a culpa não foi da areia…
Deixámos o Cristiano no banco e atirámos os soldadinhos contra a muralha. De pouco serviu! Faltou-nos a Cruz de Cristo, mesmo se nela crucificado...
Ainda não é desta que El-Rei regressa!