4.6.18

O ministro da educação, vítima de notícia falsa (!?)

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, confirmou hoje que os professores não vão ter contabilizado qualquer tempo de serviço congelado por terem falhado as negociações com os sindicatos. Um ministro à deriva

Esta notícia deve ser falsa. Porquê? 
Porque o ministro fizera uma promessa a todos os professores que uma parte do tempo de serviço congelado iria ser contabilizado. Parece agora que essa promessa fora feita a 22 sindicatos de professores (não sei se é possível confirmar o número!) e não a todos os professores… E como os, entretanto, 23 sindicatos querem um descongelamento total, o senhor ministro, ignorando que as promessas são para cumprir, decide castigar todos os professores - diga-se que uns tantos já não lhes adianta o descongelamento, pois estão cada vez mais próximos da incineração ou da corrupção dos corpos…
E, como não poderia deixar de ser, o senhor Miguel Sousa Tavares lá veio dar mais uma bicada nos professores, profundo ignorante em matéria de remunerações e progressões, como comprovou, de imediato, ao defender a remuneração acrescida dos médicos, na qualidade de funcionários públicos… nestas coisas, há uns que são filhos e outros que são enteados! Ou será que o SNS lhe faz falta e a Educação, não?

3.6.18

Por pouco tempo!

 Antes, era assim - 29 de abril de 2018...
31 de maio de 2018, ficou assim. Por quanto tempo?

Pode ser que a época dos incêndios não chegue, a Natureza, porém, não deixará de seguir o seu caminho…
Pelo caminho, uns tantos enriquecem à conta da falta de meios dos proprietários. Por sua vez, o Estado, providente e previdente, já abriu a caça à multa...

2.6.18

Borboletas invisíveis I

 «Toutes les grandes actions et toutes les grandes pensées ont un commencement dérisoire.» Albert Camus, Les Murs Absurdes...

... 'dérisoire' é um dos poucos termos que sempre me deu que pensar, que nunca soube traduzir, apesar do suposto 'ridículo' em que vivemos, da 'insignificância' das nossas vidas.
Camus conforta-me ao relativizar os meus atos, pois as grandes ideias, quanto ao seu parto, não se distinguem em nada das minhas, ridículas, fúteis e inúteis... 


Talvez por isso tenha cedido a ir visitar a Quinta Conde de Arcos, aos Olivais. Dos viveiros às hortas comunitárias, das borboletas brancas (invisíveis nas fotos) ao majestoso dragoeiro, só as couves 'baceleiras' despertaram verdadeiramente a minha atenção. E porquê? 
Porque me fazem recordar um prato designado "papas de sarrabulho" que, no entanto, era confecionado com a referida couve baceleira migada e misturada com farinha de milho e um eventual ovo...
Porque atualmente, a informação disponível ignora esta variedade de couve que lembra o arbusto resultante de um bacelo selvagem e porque, em tempos de riqueza gastronómica, não há sarrabulho sem carne de porco, galinha e não sei que mais... 

1.6.18

Sem-abrigo com abrigo!?

O Presidente bem clama a favor da integração dos sem-abrigo e confirma, agora, que o plano está a avançar.Os sem-abrigo na agenda política

Pode ser que sim, embora me pareça que esta realidade social é demasiado dinâmica para que possamos confiar num plano tão bem calendarizado - os sem-abrigo morrem e outros ocupam-lhes o lugar, indiferentes ao voluntarismo presidencial... O país empobrece e o número dos sem-abrigo cresce.


Entretanto, vale a pena registar que os sem-abrigo já descobriram abrigo junto do edifício da Altice nas Picoas, até porque esta parece nem sequer cuidar do mato que medra à sua volta...

31.5.18

Limpeza no Santuário em dia de Corpo de Deus

 A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus", começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula "Transiturus", em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios. 


Não participei na Solenidade Litúrgica, o que, espero, não agrave a minha situação aos olhos do Divino, pois guardei o dia para limpar, em fim de prazo, terrenos, certamente, abençoados, pois num deles encontrei uma placa, em que se destaca o termo SANTUÁRIO...
Ninguém me pediu autorização para a lá colocar, mas, segundo me dizem os entendidos, doravante posso caçar naquele bendito terreno...

30.5.18

Antissocial?

Preocupa-me que os Estados andem preocupados com o nascimento e a morte dos cidadãos. E depois há todos aqueles - grupos, associações, amigos - que, sempre que o Estado se agita, decidem tomar partido, esgrimindo dogmas a favor ou contra, embora se confessem defensores das liberdades individuais (no plural), sem esquecer todos os titulares de cátedra religiosa e laica...
Tanta agitação para quê? E ainda dizem que uns ganham e outros perdem e deitam foguetes e ameaçam voltar à carga - versão bélica do humano.
Desconfio que me estou a tornar antissocial. Ou será sintoma de anarquismo?

29.5.18

EU + THANATOS = Morte sem dor

«Il n'y a qu'un problème philosophique vraiment sérieux: c'est le suicide. Juger que la vie vaut ou ne vaut pas la peine d'être vécue, c'est répondre à la question fondamentale de la philosophie.» Albert Camus, L'absurde et le suicide.

Se eu bem entendo a essência da questão, o que está em causa é o SENTIDO DA VIDA... e só o próprio vivente é que deveria decidir o que fazer da sua vida. Não os parlamentos, onde os filósofos são raros... e provavelmente sábios para se absterem... 
Por mim, a dor individual não é matéria que possa ser legislada, tal como o prazer...