23.2.20

Nas Caves Ferreira

Vinho não falta! Tradição também não!
Sombrias e frias, as caves guardam milhões de litros e de euros... 
Embora também eu conhecesse alguns segredos da produção do vinho - na adolescência vi-me em apuros na limpeza dos tonéis -, não sabia que a aguardente vinícola tinha um papel tão importante na preservação do açúcar da uva... Sempre pensara que a aguardente só servia para martelar o vinho e dar cabo do fígado.
Desta vez lá fui à adega e provei o vinho... ainda que em fevereiro... Também por lá encontrei o último rei - D. Manuel II.

22.2.20

Na Serra do Pilar

Dom Afonso Henriques
Acabo de o encontrar!
Não sei o que é que ele pensa do estado do reino, sobretudo lá para os lados de Guimarães. De repente, meio mundo desatou a atirar pedras, como se vivêssemos no tempo de Dona Tareja...
Creio que o Soares dos Reis lhe terá fixado um ar desafiante, mas pode ser ilusão minha...
Na realidade, em termos absolutos, tudo não passa de ilusão, pelo menos, à escala humana, ainda que o Porto possa testemunhar uma ideia bem distinta.
Por exemplo, ainda não encontrei um traje carnavalesco! 

20.2.20

Sem limites

Sem limites
A série sobre a viagem iniciada e comandada pelo português Fernão de Magalhães e terminada pelo espanhol João Sebastião Elcano terá quatro episódios de uma hora, um orçamento de 20 milhões de euros e será dirigida pelo britânico Simon West.
Na apresentação oficial do projeto, o produtor Miguel Menéndez de Zubillaga (Mono Films) explicou que os filmes serão rodados em espanhol por um elenco de "primeira linha internacional", ainda em negociação.
O início das filmagens está previsto para o final do ano nos Estúdios Pinewood, na República Dominicana, e será concluído ao longo de 2021 em Espanha, em localizações no País Basco e nas Ilhas Canárias.
O projeto faz parte da comemoração do quinto centenário da primeira circum-navegação do globo e é financiado pela Coroa espanhola.
*
E quanto à República Portuguesa, parece não haver notícia... Também nós, não temos limites. Sós, como sempre... 

Uma morte digna em troca do quê?

Hospital Curry Cabral
Não creio que as árvores sejam estúpidas, apesar de não alterarem a rota... estas já se adaptaram ao lugar e são necessariamente hospitaleiras... Basta observar o enquadramento para perceber que elas oferecem sombra e abrigo na maioria das estações, senão em todas...
Ainda o inverno não se cumpriu, e elas ali estão verdejantes, à espera que os pássaros se adaptem ao voo dos aviões, só temem que lhes falte a água onde eles possam lavar a plumagem no estio... 
Dentro dos pavilhões vizinhos, uma enchente de cambaleantes, à espera que lhes concertem os ossos... Talvez pudessem vir até cá fora, faziam companhia às árvores, seguiam-lhes os sonhos e respiravam, respiravam muito melhor... 
Regressariam, certamente, mais sossegados a casa, mesmo que a consulta não cumprisse a esperança e lhes oferecessem a eutanásia... uma morte digna em troca... Do quê?

18.2.20

Estúpidos somos nós!

"Mas os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem. E este postulado arriscado é tão cientificamente sólido como o seu contrário: o de que eles não vão encontrar outras rotas migratórias, outras paragens estalajadeiras, como no Mouchão. Ciência sem dados comprovados não é ciência." Alberto Souto de Miranda Um secretário de estado inteligente

No reino da estupidez, há sempre alguém mais inteligente, há sempre alguém para quem as probabilidades pouco importam.
'Logo se verá' é um argumento político inabalável. Caramba! Se até os caranguejos mudam a rota, para quê tanto 'arruído"?

16.2.20

Apesar de todas as dores

morcegos, criaturas noturnas demoníacas; pangolins, acusados de hospedarem vírus mortíferos; predadores humanos em todos os continentes. bandoleiros de todas as espécies - presidentes, ministros, banqueiros, generais, gestores, especuladores de todos os feitios… todos mortificam… e claro tudo serve para ganhar e acumular dinheiro à custa da pobreza ou da excentricidade… 
só a natureza desperta em flores, em cores, apesar de todas as dores.  entretanto, vou deixar que os meus olhos se concentrem na polinização em curso…

15.2.20

Contra a distanásia

Eu sou contra a distanásia, o que não significa que seja a favor da eutanásia. No primeiro caso alguém age contra mim e no segundo, ninguém deveria intervir na minha decisão - seja familiar, institucional…
O último passo deverá ser sempre do sujeito, pelo menos, enquanto não cair nas mãos dos credores…
De tempos a tempos, eleva-se o clamor.. e passamos, indiferentes à disforia ou mergulhamos na euforia carnavalesca, como sucederá nos próximos dias…
E lá longe, a MORTE anda à solta…