11.6.20

Em 1968, a gripe matou mais de 1 milhão de pessoas

Mais de 1 milhão de mortos. Já ninguém se lembra. Porquê?

Grippe de Hongkong : pourquoi on l'a tous oubliée

Grippe de Hongkong : pourquoi on l'a tous oubliée

Il y a seulement 52 ans, la grippe de Hongkong causée par un virus H3N2 partait de Chine centrale pour se propager à travers la planète. Le bilan est terrible : plus d’un million de morts dans le monde dont 30 000 à 35 000 en France. Pourtant, plus personne ne semble s’en souvenir aujourd’hui, y compris parmi les médecins qui étaient mobilisés à l’époque. Comment expliquer cette amnésie collective ? Raphaëlle Rerolle, grande reporter au Monde nous raconte cette épidémie oubliée dans Pandémie, le podcast du Monde consacrée à la crise du coronavirus.

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  • 17 min



10.6.20

Batam no homem...

Vá lá, batam no Centeno que ele merece… Não tenham vergonha! O sangue de Ourique não perdoa… Em nome de Cristo, abaixo os sarracenos  e todos os centenos de aquém e além mar!
O dia 10 de junho de 2020, com ou sem covid, nada deve a Camões a não ser a expressão "apagada e vil tristeza" que praticamos com o maior fervor, da monarquia à república, da direita à esquerda…
E como tal, este apontamento é daqueles que vai cair no olvido. Reconhecer o mérito no tempo certo nunca foi uma qualidade lusitana. Camões que o diga, apesar de todos os patriotismos que encimou ao longo dos séculos... Em vida, deixaram-no entristecer até que o vírus o levou...

9.6.20

A quente, a vingança

Apesar da vingança se servir fria, a classe política portuguesa não espera pelo inverno… Ainda agora, o doutor Centeno começou a despedir-se, e já as portas começaram a fechar-se...
Pouco importa se o rigor orçamental do ministério das finanças trouxe estabilidade ao país e alguma esperança em melhores dias, o que é preciso é evitar que ele seja nomeado governador do Banco de Portugal não vá ele persistir no seu propósito…
Lá no fundo, o homem não é um político, ao contrário do que por aí se propala, o que é muito perigoso para a classe política ávida de repartir o bolo, mesmo que ele resulte de um bodo europeu aos pobres…
Se o Centeno não serve para o Banco de Portugal, fico ansioso por conhecer as propostas da Assembleia, apesar de, constitucionalmente, o direito de indigitação não ser dela…
Que S. Francisco nos ajude!

7.6.20

A porta

Ela estava lá, mas não tenho memória de a ter transposto. Agora dá para um parque de estacionamento… Outrora, ali, joguei à bola ou melhor arrasei as canelas de quem ousava aproximar-se das redes…
Desse tempo, a única  recordação futebolística que mantenho é a do impacto da bola na muralha fernandina.
A porta invisível era substituída pela porta dos fundos, por onde se entrava e saía, já que a porta principal estava reservada a gente mais graúda e de subida etiqueta. 
Lá dentro, tudo obedecia a uma ordem divinamente estabelecida… Do que consigo enxergar do atual Paço Episcopal, creio que o amadorismo dos últimos anos deu cabo da singularidade do edifício… à exceção da fachada e da Igreja do antigo colégio jesuíta - talvez seja ainda fruto da passagem do exército napoleónico!

5.6.20

Surpresa

Sentei-me. À direita, o Seminário, agora Paço Episcopal… Ao lado, a Igreja da Piedade. À esquerda, o Convento de S. Francisco. Na retaguarda, a Escola Prática de Cavalaria… sem Salgueiro...
Em frente, uma placa - O MIRANTE - o único jornal regional digital que leio diariamente…
Se alongar a vista, posso imaginar todo o território - do Largo Sá da Bandeira às Portas do Sol; do Tribunal à Praça de Toiros… e ver o Tejo, em tempos abundante, e por ora cada vez mais assoreado…
Tudo o que vejo e não vejo surge reconfigurado, com ares de moderno, mas também abandonado, como acontece com o Cineteatro Rosa Damasceno… Pobre Santareno!
Aqui sentado, continuo a vaguear pelas ruas estreitas repletas de igrejas vazias em que uma  ou outra Senhora me vai convidando a visitar os altares, imaginando-me forasteiro inesperado, qual Cabral chegado do Brasil...
E là ao fundo, à esquerda, o Liceu Sá da Bandeira em dia exame, para lá de Santa Clara… sem esquecer que, um dia, o Passos terá guiado o Garrett a um jardim só mais tarde desenhado…  

4.6.20

Se recuar um pouco mais...

… antes das palavras… antes do significado das palavras…, reconheço que o silêncio era uma aspiração, porque o quotidiano era de trovoada, ora súbita ora fermentada…
O silêncio, que também aterrorizava, era nesse tempo um refúgio, sem qualquer valor mítico que mais tarde lhe pudesse ser atribuído…
E as palavras, quando chegaram, eram falsos deuses atirados à toa num combate antecipadamente perdido, o que explica que se tenham tornado ocas e postiças…, apesar das analogias, fracas.

3.6.20

Da frivolidade e não só...

A frivolidade consiste em falar por falar, sem objeto, sem finalidade, sem ter nada para dizer. Manuel Maria Carrilho, Pensar o Mundo, vol.I, pág. 153

Alimentar um blogue é ser frívolo, já que tudo convida ao silêncio - a lição inicial.
A razão ainda me convida a regressar ao começo, a esmiuçar o que se passou antes de certos empurrões - a analisar. Faltam-me, no entanto,  as evidências. Apenas conjeturas, hipóteses. 
As palavras revelam-se  incapazes de dar conta se os atos foram voluntários ou somente respostas defensivas, como se a vida corresse a cada momento sério risco…
Correr atrás das palavras de nada serve, apesar de elas terem o dom de nos devolver alguma dignidade ou, em contrapartida, de expressar a nossa monstruosidade.