18.12.20

A continuação da vida

Entre mortos e feridos, algum se há-de salvar!

Crentes ou não, vamos lá celebrar o Natal!

No íntimo, todos acreditamos que o azar espreita, mas que, em regra, bate à porta do vizinho… o que não parece muito inteligente se aceitarmos a definição de inteligência formulada por António Damásio:
«É essa capacidade que permite resolver problemas e ajustar o comportamento de um ser vivo a esses problemas de forma a permitir a continuação da vida.» Jornal i, 18-12-2020

16.12.20

Desmancha-prazeres

 Longe de mim impedir quem quer que seja de se divertir. No entanto, nunca entendi o espírito da época - sempre que olhava à volta, por mais próxima ou distante que ela se me afigurasse, não conseguia enxergar o motivo para tanta celebração… Com o tempo, fui compreendendo que o mundo era extremamente desigual e injusto… o que me obrigava a refletir na extraordinária capacidade humana para celebrar como se tudo corresse pelo melhor ou pudesse transformar-se sob o efeito de uma taça de champanhe e algumas passas...

Até nas igrejas se erguiam paraventos para que o frio ficasse lá fora… e o presépio, apesar da sua própria génese, era um lugar acolhedor, cheio de figurinhas gorduchinhas indiferentes aos ventos que se levantavam…
Por mais que, em 2020, a perceção da fatalidade próxima e distante tenha crescido, a verdade é que insistimos em viver no fingimento milenar, sem sequer colocar a hipótese de o suspender.

13.12.20

98 óbitos

Na avenida da Igreja

98 óbitos em 24 horas!
Entre 1 de Janeiro e 10 de Dezembro, faleceram 110.000 portugueses.
É demais!
Continuamos a correr atrás do prejuízo ou nem isso…

São velhos, meus senhores! A quem é que podem interessar?

Ainda por cima, há tantos outros que morrem diariamente, segundo as estatísticas. Oficialmente, ninguém sabe porquê. Leva tempo a apurar as causas…

Desde 1949, que não morria tanta gente! O que é que aconteceu naquela data?
- O ano em que as senhoras deixaram as meias em casa!

CAUSA: UMA ONDA DE CALOR.


12.12.20

Se o ministro mente

 

medronheiro

… então não serve, não cumpre o seu dever - servir o país, respeitando os direitos humanos, e não servir-se a si próprio. Por respeito à semântica, o ministro deve ser substituído.



11.12.20

Contra a cultura

Quinta das Conchas

O dinheiro!
E a cultura?
Já não se trata de investir na cultura ou em subsidiar os artistas. Trata-se de desvalorizar as atividades artísticas, de as reduzir a ZERO.
Por toda a Europa, a Cultura passou a parente pobre. Parece que a aposta é, definitivamente, na barbárie, hipotecando, de vez, os valores democráticos.

E ainda há 'democratas' que se queixam!

10.12.20

Uma rã que insiste em ser boi

Jardim Amália

Há na república uma rã que insiste em ser boi. Sempre que aparece, incha desmesuradamente, coaxa altivamente… e no fim, deixa o palco convencida de que outros são todos estúpidos…
O problema é que esta rã não é única, pois, se o fosse, um destes dias rebentaria e a república ficaria em sossego.
Não. No palco, sucedem-se as rãs à espera de vez. Algumas já têm o tamanho de burros. Zurram e dão coices  a torto e a direito.

7.12.20

O candidato

 

E não se chama Ernesto!

Só que não nos quer deixar no meio da temível tempestade que nos atormenta...
Nasceu para unir e não para separar. Tudo o que pensa, diz sempre em tom magistral... para que nada nos possa acontecer de mal...
E não se chama Ernesto!

Chega mais tarde, não porque tenha perdido a estrela de Belém, mas porque não quis misturar o presidente com o candidato.

Doravante, o presidente e o candidato vão dormir, um no palácio, o outro na cabana do pastor Viriato...
E não se chama Ernesto!