3.4.24

De regresso

 Em nome do futuro, o antigo logótipo do governo está de regresso ...

E creio que assim acontecerá com as restantes medidas, todas inspiradas no passado. Virtuoso, por aquilo que se anuncia...

Eu, porém, não consigo acompanhar este ímpeto regenerador. Por mais que me esforce, o passado não me resolve problema algum... Gostava, no entanto, que a propaganda diminuísse ...

e que o Pedro Nuno Santos não me entrasse pela casa dentro  naquele tom acelerado e gritado. Incomoda-me. Obriga-me a desligar a Televisão.

1.4.24

1 de abril de 2024

 




Hoje é dia de seca. Por uma questão de princípio, ninguém me vai arrancar uma palavra. Amanhã, sim, volta a chover.

E já passaram 4 anos que deixei a vida activa! Parece mentira...

29.3.24

em letra pequena...


É visceral: odeio o calor e a seca. Como tal, neste mês de março, não me queixo nem sequer dos políticos.
Não se entendem, compreendo. Passam demasiado tempo ao sol!
Agora que estou a ler a Ilíada, percebo que os políticos, tal como os guerreiros do tempo homérico, apesar de valorizarem a força e a manha, não passam de bonecos manipulados por deuses caprichosos, sedentos de sangue humano.
Um único conselho para os meses que se avizinham: não se esqueçam de Zeus!

22.3.24

A lei das marés


A maré vai começar a encher e os detritos ficarão, por um tempo, submersos. Estejamos atentos ao que ela no traz!
Inevitavelmente, a maré voltará a vazar e detritos voltarão à tona.

É impossível escapar!

(Ainda pensei que se tratasse de um arado cansado de sulcar o mar da palha...)

18.3.24

Nuno Júdice, são as flores que ficam...

 (29-04-1949 - 17-03-2024)

Nunca fui próximo do Nuno Júdice, embora me tenha cruzado com ele várias vezes num lugar que merecia a sua atenção: a Escola Secundária de Camões. Talvez porque se mantivesse fiel às suas antigas (os) alunas (os) ou aos companheiros (as) de viagem. 
Pareceu-me um homem tímido..., como se pedisse desculpa ao chão que pisava... na verdade, talvez fosse bem diferente. No entanto, eu não me aproximei... deixava-o com os amigos.

Creio que, nesta hora, o melhor que posso fazer é transcrever o soneto RAMO, da obra O Breve Sentimento do Eterno:

Vejo a erosão das palavras na Terra
da frase. Transformam-se em lama;
misturam-se com as folhas. Um húmus
de sílabas alimenta o verso.

Com a primavera, o poema nascerá;
e as suas flores cobrirão o campo
com um brilho transparente, deixando
ver o interior de cada imagem.

Corto-as do caule para fazer o ramo
que ponho no vaso da estrofe,
para que não sequem nem murchem.

São as flores que ficam, as que
duram para o inverno, as que
resistem ao vento, à angústia, à morte. 

14.3.24

Os sinais poderiam ser de Primavera

 

As flores estão aí! No entanto, os cravos murcharam. E a culpa não é dos capitães... é de quem se deixa convencer de que há soluções fáceis.

De pouco servirá celebrar os 50 anos de Abril, se a contrarrevolução está em marcha acelerada. E para a maioria, este caminho é de futuro...

Triste futuro este que se avizinha!

(Por mim, fica a esperança de que esta ilusão se desvaneça rapidamente, até porque, ao contrário do que muitos acreditam, desta vez não estaremos sós. Para o bem e para o mal!)

6.3.24

Em Março

 

Voltei ao Oceanário.
Das espécies vistas, poucas recordava. O problema deve ser meu.
Sei que as lontras já não se chamam Amália ou Eusébio... Não sei se há por lá algum CR7, talvez o tubarão...
Do Peixe-Lua, parece-me que lhe falta uma parte, talvez as silvas que, noutros tempos, imaginei, seguindo a lição rústica...

(...)

Em respeito pelo 25 de Abril de 1974, dia 10, tenciono votar, mas tenho um problema: ainda não entendi se há alguma proposta que vise criar condições para um país mais educado, mais produtivo, mais solidário. Só me apercebo de ajustes de contas e de regresso ao passado ou, então, à conveniência de manter tudo na mesma.

Espero que o problema seja meu, pois não consigo ultrapassar a condição de rústico, mesmo vivendo à beira da cidade.