16.4.24

Os intocáveis

Vivem numa redoma blindada. E agem como se fossem intocáveis... Visitam-se uns aos outros, como se fossem amigos de longa data... e traçam, em segredo, planos para destruírem todos os que os contrariem...
Agem em nome de religiões obsoletas ou de ideologias totalitárias. O objetivo é sempre o mesmo: conquistar cada vez mais poder... até que, um dia, os amigos devorar-se-ão entre si...
Até lá, o que é triste é ver que as vítimas internas e externas lhes prestam vassalagem..., chegando ao ponto de os idolatrarem, mesmo quando, supostamente, vivem em democracia...

14.4.24

O que eles querem...

 

De Teerão a Telavive, o que eles querem é manter o poder... pouco lhes importa quem é sacrificado. O problema é que os candidatos à hecatombe continuam a aceitar o ludíbrio dos deuses, quaisquer que eles sejam.
(Para apaziguar os deuses, nas hecatombes, socrificavam-se muitos bois e uns tantos cordeiros...)
Para me purificar, vou continuar a ler a Ilíada... havia barcas de todos os tipos e velas de todas as cores; a força era desproporcional, sobretudo, quando os deuses se envolviam nas batalhas; os heróis, semideuses, eram caprichosos, pois, em regra, já sabiam o que os esperava; a cada batalha, as piras cresciam incendiando as noites de outrora...
Por aqueles dias, do verde os arautos pouco informavam...

11.4.24

Plano inclinado

Está cada vez mais difícil entender o que se passa na vida pessoal, familiar e coletiva. Parece que estamos num plano inclinado, em que o dia seguinte é pior do que o anterior. Ainda se tudo não passasse de um charco com abertura para o areal, mas nem isso.
É como se uma força ignota nos tivesse condenado, sem que possamos inverter o caminho. E, claro, insistimos em celebrar a Liberdade, os dias,  cegos pela nossa impotência e, sobretudo, pela nossa soberba.

( O pessimista está de regresso, às voltas com papéis que não consegue arrumar, porque perdeu o fio condutor. Provavelmente, nunca percebeu que o fio era muito frágil e curto. E a ignorância não explica tudo!)

8.4.24

Lumumba - nota esquecida

                 A morte anunciada de lumumba

                A 30 de Junho de 1960, o Congo conquista a independência.

               Patrice Lumumba diz ao rei da Bélgica, Balduíno I, que a independência do seu país é um passo decisivo para a libertação de todo o continente africano, e dita, com estas palavras, o próprio destino. Nomeado primeiro ministro em exercício, passa a viver em regime de residência fixa depois de um golpe de estado liderado pelo coronel Mobutu e apoiado pela CIA. A 28 de Novembro de 1960, Lumumba tenta evadir-se, mas é preso logo em seguida, a 2 de Dezembro, em Port Francqui. Transportado num DC3 para o aeroporto de Léopoldville, Lumumba é violentamente empurrado para dentro de um camião. Um soldado puxa-lhe a cabeça com força para trás a fim de proporcionar uma melhor perspectiva do seu rosto aos fotógrafos. Foi a última foto de Lumumba vivo.

                A 18 de Agosto de 1960, o Conselho de Segurança, em Washington decidira eliminá-lo, ao mesmo tempo que os militares belgas apoiavam Moisés Tshombé, que anunciara a secessão do Catanga...

                Feito prisioneiro e depois entregue aos seus inimigos do Catanga, o arauto do nacionalismo africano é torturado até à morte, a 17 de Janeiro de 1961. O corpo nunca foi encontrado.

5.4.24

Os mandantes e os ajudantes

Tomaram posse 41 ajudantes. Creio que, na sua maioria, vão precisar de muita ajuda. Por mim, tudo farei para não incomodar suas excelências...
E também não lhes vou pedir nada. Estou bem assim. 
O meu único desejo é que Zeus nos liberte de Sua Excelência, o verdadeiro responsável pela instabilidade em que vivemos. 
E já agora espero que as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril sejam discretas e não ações de propaganda como acontecia no Estado Novo.






3.4.24

De regresso

 Em nome do futuro, o antigo logótipo do governo está de regresso ...

E creio que assim acontecerá com as restantes medidas, todas inspiradas no passado. Virtuoso, por aquilo que se anuncia...

Eu, porém, não consigo acompanhar este ímpeto regenerador. Por mais que me esforce, o passado não me resolve problema algum... Gostava, no entanto, que a propaganda diminuísse ...

e que o Pedro Nuno Santos não me entrasse pela casa dentro  naquele tom acelerado e gritado. Incomoda-me. Obriga-me a desligar a Televisão.

1.4.24

1 de abril de 2024

 




Hoje é dia de seca. Por uma questão de princípio, ninguém me vai arrancar uma palavra. Amanhã, sim, volta a chover.

E já passaram 4 anos que deixei a vida activa! Parece mentira...