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23.3.11

Alcatruzes…

Todos dizem que são precisas medidas imediatas para resolver a crise financeira.  Uns com o FMI, outros sem o FMI. Todos confiam no povo português… e este confia em quem? em D. Sebastião? na Nossa Senhora de Fátima? nos jovens à-rasca? no jogo do pau?

A verdade é que o povo não existe. Nunca existiu!

O povo mais não é do que um mito romântico que tem justificado um conjunto de “causas” de grupos mais ou menos organizados para a conquista do poder.

A nora já começou a rodar… e os alcatruzes já estão a postos para secar a mina! Inexoravelmente, uns descem e outros sobem…

PS: Afinal, o Presidente da República sempre tem «margem de manobra»: deu 48 horas a Sócrates para que seja ele a estender a mão aos «amigos» europeus! 

20.3.11

Reféns…


Quando a sobrevivência está em causa, todas as formas de enraizamento são aceitáveis. Pouco interessa o suporte, a forma, a cor  ou a posição.


Em certas circunstâncias, mais vale deitar abaixo a árvore, desbastar-lhe os braços …


Salvo raríssimas excepções, as árvores não se suicidam!


Na Líbia, na Síria ou em Portugal a seiva é a mesma!

4.3.11

O P.D.A.

Há quem acredite que a Geração “À RASCA” vai forçar uma mudança de política que reconheça às gerações mais novas o direito ao trabalho e a uma remuneração digna. No entanto, hoje, um jovem confirmou-me que a militância juvenil (e não só!) se manifesta de modo muito diverso: já embarcou no Partido do Deixa Andar!

E de facto, ao contrário de gerações anteriores que ousaram atravessar as fronteiras à procura do trabalho que a mãe pátria lhes recusava, assistimos a um deixar andar que revela uma acomodação fatal.

13.2.11

A Casa–Museu Dr. Anastácio Gonçalves e o Grupo do Leão

A seguir pelas propostas que faz...

No centro da Cidade de Lisboa, revisito uma casa-museu fantástica, mandada construir pelo pintor José Malhoa, e que mais tarde foi adquirida pelo oftalmologista Dr. Anastácio Gonçalves, coleccionador de mobiliário dos séculos XVII e XVIII e de pintura naturalista, designadamente de SILVA PORTO… Todo esse acervo se encontra exposto, deixando-nos antever o gosto e a riqueza do homem nascido em Alcanena, terra de curtumes que certamente não serão alheios à constituição deste magnífico património…

Esta nova visita trouxe-me a necessidade de esclarecer a génese do Grupo do Leão (1880-1888). Por volta de 1880, Silva Porto, regressado de Paris, onde fora discípulo de Daubigny, tomou conta da cadeira de pintura da Escola de Belas-Artes de Lisboa e criou à sua volta um ambiente de vivo entusiasmo. A cervejaria "Leão" era o seu ponto de encontro com amigos, admiradores e discípulos.

(João Vaz, António Ramalho, Cipriano Martins, Columbano Bordalo Pinheiro, Rafael Bordalo Pinheiro, José Rodrigues Vieira,  Silva Porto José Malhoa, Moura Girão, Henrique Pinto, José Ribeiro Cristino integraram o referido grupo.)

No Outono de 1881, começaram a juntar ideias para a primeira exposição do grupo, que acabou por decorrer nas Salas da Sociedade de Geografia. A "Exposição dos Quadros Modernos", como lhe chamaram, abriu em 15 de Dezembro de 1881. O catálogo foi ilustrado com desenhos dos expositores, gravados em zinco - novidade gráfica daquele tempo. O público acorreu, interessou-se e comprou muitas obras.

/MCG

8.2.11

Falsos ídolos...

Quando os recursos são escassos, há sempre quem veja no seu trabalho grande mérito mesmo que nada traga de novo. Repetem-se as conclusões, mas, de verdade, este novo riquismo não passa de um indicador de luta pelo poder. Com mais ou menos SeguraNet, a pobreza moral, social e económica continua a alastrar. Mudam as ferramentas, cresce a velocidade da revolta, mas o mundo fica mais pobre, porque as novas linguagens continuam a ser feudo de sumos pontífices mais ou menos ocultos.


2.2.11

O formigueiro…

 

Sempre que o boato (ou o mujimbo) avançar tímido, não acredite nessa morosidade…

Sempre que o Governo pede um empréstimo, a dívida aumenta exponencialmente… Sempre que um político faz uma promessa, o receio começa por crescer lentamente, para depois se transformar numa enorme desilusão.

Nas revoluções, assiste-se sempre a um crescimento exponencial dos revoltados e dos manifestantes. De acordo com esta lei, uma formiga pode tornar-se num formigueiro.Curiosamente, os governantes têm dificuldade em compreender este mecanismo. Mas, hoje, basta uma sms para incendiar a rua e o palácio.

27.1.11

Conversa (in)acabada…

Quando os tambores rufavam e a ditadura democrática se apoderava das sobras do Império, Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro conversavam sobre a asfixia doméstica e nacional, procurando fora e dentro da pátria uma alma nova, cientes de que só o imaginário os poderia libertar da pequenez. E é nessa encenação criadora que ambos se concentram, sacrificando a vida ao IDEAL estético.

A conversa transformou o quotidiano e o medíocre em matéria de arte, invertendo o processo épico que nos fizera subir ao Olimpo  e acreditar pateticamente numa grandeza ícara…

Não surpreende que a derrocada trazida por Abril tenha criado as condições para que João Botelho ousasse, em finais da década de 70, encenar orpheu. Coadjuvado por alguns dos filhos de Maio de 68, João Botelho procedeu a um notável trabalho de reconstituição da rara excelência criativa que poderia esconder a desgraça que desabara sobre a orgulhosa pátria e sobre os frágeis ramos que dela se libertavam.

Na ESCamões, os alunos puderam ver hoje, com apresentação de João Botelho e de Fernando Cabral Martins, CONVERSA ACABADA que, para além da tentação de emulação, os poderá  levar a repensar o seu próprio tempo…

De parabéns estão, assim, o núcleo de Cinema da Escola, o ABC Cineclube e os professores Cristina Duarte, Jorge Saraiva e José Esteves.

10.1.11

Mudança…

Como já me pronunciei no Facebook, aproveito para confessar a minha opção de voto neste ano de 2011: Fernando Nobre. Trata-se de uma confissão pública de algo que, habitualmente, é secreto. Qualquer leitor atento de CARUMA saberá que ela, há muito, não se revê nos caminhos trilhados depois de 1974, tal como não se revia na política do Estado Novo.

Acredito que a vontade é a figura essencial da mudança e, no actual quadro de candidatos, apenas Fernando Nobre dá corpo à vontade de mudar. Apenas ele a grita, um pouco como Cristo no deserto, acreditando que é possível pôr fim aos centuriões que ocuparam o templo.