Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
28.10.09
Quem é quem na Educação?
27.10.09
Um século de literatura no Liceu Camões
No presente ano lectivo, “Os Encontros ao fim da Tarde” mudaram de nome. Associando-nos à celebração dos 100 anos do edifício, decidimos variar o horário para que professores e alunos participem activamente em cada uma das evocações de escritores que, na qualidade de alunos e/ou professores, aprenderam / ensinaram nesta nobre instituição.
Hoje, honrando a memória interventiva do antigo aluno do novíssimo edifício do Liceu Camões (1909-1911) e a modernidade da escrita de Mário de Sá-carneiro (1890-1916), o Professor Fernando Cabral Martins (U.N.L.) proferiu, no Auditório Camões, uma serena e bem estruturada palestra sobre a vida e obra do novelista e do poeta. A professora da extinta Oficina de Expressão Dramática, Inês Nogueira, entusiasmou a plateia com a sua declamação dos poemas SERRADURA e CARANGUEJOLA. Talvez um dia, este Auditório possa testemunhar a representação de uma das três peças escritas pelo Mário (com a colaboração dos amigos Tomás Cabreira Júnior e Ponce de Leão) : O Vencido; A Amizade; A Alma. Se o conseguirmos, atalharemos provavelmente algumas dificuldades reveladas pelo jovem público que encheu a Sala.
Globalmente, a escuta foi positiva, havendo mesmo muitos alunos que tiraram notas e outros que fizeram perguntas. No entanto, há quem não tenha o sentido de oportunidade: mudança de lugar no início da sessão; saída extemporânea da sala, perturbando a atenção do auditório; saída da sala no momento em que decorre a declamação de poemas ; conversa de pares; utilização do telemóvel para partilhar imagens e enviar sms. Esperemos que nas conferências sobre Urbano Tavares Rodrigues (Nov.) e José Cardoso Pires (Dez.), a recepção possa melhorar um pouco, pois educar é limar a natural imperfeição…
25.10.09
As portas do mar...
24.10.09
Trio Duarte Costa
O Trio Duarte Costa actuou esta noite no Auditório Camões, no âmbito do centenário do edifício.
Obrigado. Não é todos os dias que os antigos alunos nos oferecem gratuitamente a sua arte.
Obrigado Isabel Almeida, gostei de a ouvir e, sobretudo, apreciei a sua disponibilidade para aprender /actuar com os mais velhos, a tranquilidade que emana do seu dedilhar das cordas.
22.10.09
O humor de Sócrates…
Terá Sócrates sentido de humor? Será Sócrates um cínico? Não é frequente um primeiro-ministro, na escolha dos seus ministros, deixar-se condicionar pela ágora. No entanto, no caso do ministro da educação, o nome da Drª Alçada Isabel Alçada circulava há meses na comunicação social, como certeza…
Quem é que a tornou imprescindível? Inevitável? Apesar do que se diz da arrogância de Sócrates, parece-me que a escolha não é de Sócrates, a não ser que Sócrates tenha decidido pôr à prova a paciência dos portugueses… Um ministro da educação não tem que ser um professor (filósofo ou não!) nem um escritor!
Um ministro da educação tem que ser capaz de desenhar e aplicar um projecto educativo nacional a longo prazo, liberto das teias de interesses que minam o terreno…
Para gerir os interesses, basta um secretário de estado ou um director-geral.
Se a Drª Isabel Alçada não entender este princípio, tornar-se-á na cicuta de Sócrates.
21.10.09
O elogio da formiga…
Quem é que respeita a formiga? Hoje, elogiei uma formiga, apesar de esta se ter deixado seduzir pelas cigarras. Enfim, ninguém é perfeito!
Lembro-me que a ceifeira de Fernando Pessoa cantava na sua alegre inconsciência. Pode parecer que a ceifeira veste de cigarra, mas não: a ceifeira, na alma, não passa de uma formiga mal remunerada que prefere a canseira à pasmaceira antecipada da morte…
19.10.09
Não temos pejo…
R.E. continua convencido que M.S. era um finório. Tudo em nome do semi-presidencialismo. Afinal, o modelo constitucional ainda não tinha sido experimentado. E ele, R.E., convenceu-se que lhe competia tutelar o governo e, como M.S. não deixava, fundou um novo partido. Em nome da nação! A bem de Portugal!
Nesta, como noutras questões, convencemo-nos facilmente que temos razão. Iluminados, não temos pejo em deturpar a História, não temos pejo em ajustar contas com quem não se pode defender…
Andamos, desde João das Regras, a construir e a legitimar heróis em nome das instituições. E sempre do mesmo modo!
(E, também, se tivessemos optado pela verdade, pela legitimidade, há muito que não existiriamos como colectividade.)