22.3.20

As máscaras não (...) servem para nada?

As máscaras não servem para praticamente nada. Dão uma falsa sensação de segurança. O pano não é impermeável, vai ficar húmido e os vírus vão passar”, afirmou Graça Freitas.

Não digo que a senhora não tenha razão, convém, no entanto, relembrar que as autoridades médicas chinesas impuseram o uso da máscara e, nos últimos dias, perante o comportamento da população da Lombardia, voltaram a criticar a sua pouca utilização.
Se o problema decorre da falta de impermeabilidade do tecido, então as autoridades que fiscalizam a sua produção ou a sua importação não podem continuar de braços caídos.
A certa altura, fica-se com a sensação de que tudo é negócio ao alcance de gente sem escrúpulos.
O Carnaval já deveria ter acabado!

21.3.20

Tempo subjetivo 2

alguma chuva, pouca
as flores que sorriem...
um poema aqui, outro ali...
alegre ou triste
e outra imitação do poema
sim, porque o poema deveria celebrar a vida e não a morte

agora, no intervalo, já não há dia... nem noite
já nem o sol aquece - os dias perderam os santos
e, sem fé, os fiéis arrefecem

mas este tempo é subjetivo
porque no mesmo tempo há quem tudo perca para cuidar de nós...
esses, sim, são a poesia que rima com
alegria, seja sábado ou domingo

20.3.20

O tempo subjetivo 1

O tempo, apesar de dizerem que a Primavera já chegou, estagnou. 
Lento, o tempo vive ao ritmo dos sábios do momento e das hesitações do governo... 
(No meu caso, há quatro dias que me asseguram que faltam três dias, sabe-se lá para o quê...)
Este é certamente um ponto vista subjetivo, porque o tempo para quem tem de preparar e tomar decisões, para quem cuida da saúde de todos nós é avassalador, extenuante e cruel.

19.3.20

Na foz

Foz do rio Trancão
Na foz do rio, há muita vida! 
Por mais que a nascente se distancie, ainda resta muito tempo, mesmo que o dia pareça aziago... 
Se olharmos atentamente, talvez compreendamos que o distanciamento é uma virtude, que a efusão é promíscua...
Olhemos apenas! Aprendamos a apreciar a distância... sem Lídia... sem Ricardo.

18.3.20

A má-língua não ajuda em nada

Em matéria de COVID 19, o melhor é cumprir as regras que estão a ser determinadas.
Deixemos as críticas, a não ser que ajudem a solucionar, para momento mais oportuno.
Vivemos um tempo em que a decisão, seja ela qual for, é extremamente penosa para quem a toma.
A má-língua não ajuda em nada, tal como os comentários de quem nada percebe da gravidade da situação.
Há canais de televisão e redes sociais que estão a prestar um péssimo serviço à comunidade, pois mais não fazem que alimentar-se da desgraça alheia.

16.3.20

O vídeo do ME aos Pais

Conselhos do Ministério da Educação aos Pais

O vídeo é apelativo. Pressupõe, no entanto, uma realidade que o Ministério da Educação sempre descurou... 
Falta formação de professores e faltam ferramentas e conteúdos. Tudo o que existe é obsoleto. 
Como professor, estou à espera que o ME lance um vídeo em que mostre aos professores o trabalho desenvolvido na área do ensino à distância e, sobretudo, como é que em poucos dias se estabelece a conexão entre professores e alunos, a não ser que se entregue a tarefa a duas ou três editoras...
Há certamente nichos capazes de satisfazer os sonhos do senhor ministro da educação, mas o país real não cabe num vídeo e muito menos na propaganda do ministério da educação... e claro dos seus acólitos!
Ah! E aproveitem para ler a obra da Margarida Pinto Correia!

14.3.20

Vou estar aqui

Vou estar em casa. (Só saio se a tal for obrigado.) À espera, não do Godot, mas de quem necessite de mim. Por exemplo, os meus alunos podem aproveitar para tirar dúvidas, para solicitar o teste agendado para o dia 17... Basta enviar e-mail para macagomes@hotmail.com ou macagomes@gmail.com.
Quanto ao resto, vou seguir as instruções oficiais, abster-me de seguir as redes sociais e as televisões públicas ou privadas, de contribuir para a desinformação em curso e para o alarmismo decorrente.