13.1.21

Em resumo...

 Em resumo, os inúteis vão ter de ficar em casa. Evitam-se, assim, males maiores, designadamente, o cavaco na esplanada, o exercicio no ginásio, o pasmo nas casas de espetáculo, a gula nas pastelarias e nos restaurantes … e a circulação de todos os morcegos - perigosos agentes de Mefistófeles.

12.1.21

Já não sei...


Já não sei se devo olhar de cá para lá, se de lá para cá. Sei, no entanto, que a escolha não é gratuita.

Num tempo em que a decisão se estribar, a todo o custo, no parecer  de cientistas, em franca divergência, o que vemos é que a escolha é cega - voltamos ao confinamento geral…

Hoje, mais 155 óbitos devido à Covid-19! Contudo, nos últimos 7 dias, morreram mais de 500 pessoas por dia... Parece que ninguém olha para esta face da realidade…

Do que oiço, uma das causas do acréscimo dos contágios reside na indisciplina em certos contextos. 

Como bem se sabe, disciplinar não deve ser um ato irracional. Exige vigilância e sanção... de proximidade. 

9.1.21

É DE PASMAR!

Ontem, 118 óbitos! E, hoje, quantos serão?

Gastam-se milhões, mas a evidência é que a ação é avulsa. A ação é reativa, está entregue a gente que não sabe enfrentar o problema.

Os lares continuam a não estar devidamente equipados. 

As populações, que não têm meios para proteger os seus velhos, continuam entregues a si próprias...

Os trabalhadores não são devidamente acautelados nos seus movimentos quotidianos

Os hospitais continuam a não ter os meios necessários para enfrentar situações de calamidade. 

A saúde continua a ser vista como um negócio altamente lucrativo.

FECHAR O PAÍS NÃO É SOLUÇÃO!

Chegamos ao ridículo de andar preocupados com as próximas eleições quando os candidatos sabem, de antemão, quem será o vencedor, aproveitando o tempo de antena para nos estupidificar um pouco mais… Por outro lado, em vez de defender o voto eletrónico, continuam a partilhar o erro de que a saída dos lares ou de casa para votar não trará mal ao mundo... ou que a recolha de voto poderá ser feita sem prejuízo para os mais fragilizados.

É DE PASMAR!

6.1.21

3 graus

 

Leiria
Faz frio, mais do que o habitual. O rio é outro! Mesmo que a imagem tenha sido capturada noutro dia, não tenho notícia que a neve o cubra, ao contrário de outros lugares, distantes, onde os corvos não param de voltear - pelo grasnido os reconheço…

Dos candidatos a PR não sei que dizer! Grasnam sobre a presa descuidada, à espera de lhe tomar o que resta da alma - o que, como é sabido, é o nada…

Não fosse a carcaça, e os corvos já teriam retirado…

Os números não enganam - nunca pensei tal dizer! Os velhos, com este frio e com estes corvos, estão condenados a morrer… a morrer, absurdamente.

O resto é  propaganda! 

4.1.21

8 graus

 

Leiria
Não nevou! Choveu noutro lugar qualquer. No alto ventou um pouco…

Movimento, só nas rotundas. Parece que servem para afunilar… e para glória de suas excelências…

Brigadas sob os viadutos silenciosos. Esperam os aceleras incautos!

As notícias insistem na mentira do ministério da justiça por causa do currículo do senhor Guerra. 

E eu a pensar que o responsável pelo currículo era o procurador…

2.1.21

Ponte sem serventia

 

De que me serve esta ponte? E todas as outras pontes para que servem por estes dias?

Do lado de cá, percorro a margem a pensar na inutilidade da travessia.

Por perto, a fila de carros cresce à procura de uma prova de que os excessos da quadra não despertaram o monstro que se esconde em cada toque, em cada gotícula inadvertida…

 A crença no efeito salvífico de um teste... substitui o Circo, obrigado a refugiar-se, inútil, na outra margem. 

1.1.21

Cedo a palavra

 

Foto de Daniel Gomes

Correm turvas as águas deste rio,
que as do Céu e as do monte as enturbaram;
os campos florecidos se secaram,
intratável se fez o vale, e frio.

Passou o verão, passou o ardente estio,
umas coisas por outras se trocaram;
os fementidos Fados já deixaram
do mundo o regimento, ou desvario.

Tem o tempo sua ordem já sabida;
o mundo, não; mas anda tão confuso,
que parece que dele Deus se esquece.

Casos, opiniões, natura e uso
fazem que nos pareça desta vida
que não há nela mais que o que parece.

Luís Vaz de Camões