«Je vous prie seulement de me faire part
loyalement et sans critique de tout ce que vous passera par la tête, lorsque vous dirigerez votre attention, sans aucune intention definie...»
S. Freud, Psychopathologie de la Vie Quotidienne
Mesmo que não nos apercebamos da razão, há sempre uma intenção definida.
Se me dispusesse a agir segundo o preceito freudiano, o resultado, por mais poético que pudesse parecer, seria ou a inintelegibilidade discursiva ou um questionamento desenfreado das condutas que tanto nos afetam a mente.
O sentido crítico impõe-nos a censura das ações verbais e não verbais, obrigando-nos a esquecer de modo a que não quebremos todas as pontes...
Por ora meio mundo esquece, esquece, à espera de um momento de elevação, mesmo que seja o reflexo da nossa miséria.
Lá atrás, mais do que os nomes trocados, o que mais inquieta são os rostos esfumados, desaparecidos.