15.2.21

Estou confiante!

Os Presidentes já foram vacinados, o Primeiro, também, sem esquecer a ministra da Saúde. E depois, há uma série de individualidades estratégicas que também foram vacinadas sem esperar pelos presidentes… Mas entende-se: são essas individualidades que aconselham e, frequentemente, decidem.

Por isso estou confiante. Sei que estou em boas mãos! É só esperar… Virtude única que nunca me faltou: a paciência. Tempos houve em que cheguei a ser conhecido como o «pai» da paciência.

Irritado? Só se o Atlântico subisse o Tejo e entrasse pela minha janela! Mas isso é previsão do filantropo Bill Gates…

14.2.21

No dia 14 de fevereiro de 286

  No dia 14 de fevereiro do ano 286, o Bispo Valentim foi morto à paulada e, posteriormente, decapitado na via Flaminia.
Porquê? Porque desrespeitou o propósito do Imperador Marco Aurélio Valério Cláudio de construir um exército poderoso, mobilizando os jovens para essa causa, o que implicava proibir os casamentos.
O bispo cristão, que desprezava o culto monoteísta do deus Sol, combateu o militarismo de Claudio II, casando os mancebos em segredo.

Como se vê, o negócio daquele tempo era outro... mas quem quer saber? 
Depois a veneração do bispo Valentim serviu as igrejas cristãs do Oriente e do Ocidente… 
E hoje o Sol brilhou!

12.2.21

Contas mal explicadas

 

Em 15.000 óbitos, 10.000 dos falecidos tinham mais de 80 anos.
Este é um número, embora revelado, pouco escrutinado - no discurso público e privado surge como uma inevitabilidade. 

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 10.060 (+103) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.117 +33), entre 60 e 69 anos (1.288 +10), entre 50 e 59 anos (382 +2), 40 e 49 anos (135 =) e entre 30 e 39 anos (38 +1).

Há ainda 10 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e duas (=) entre os 0 e os 9 anos.

Observando o modo como os números se distribuem diariamente, creio que as medidas de confinamento, tomadas até aqui, afundarão a economia e continuarão a ceifar os mais frágeis, porque a ação no terreno é manifestamente insuficiente.

11.2.21

Talvez seja castigo!

 

Conhecedor dos meandros do hospital, decidi atalhar caminho. Só que, nestes últimos meses, tudo mudou. A cada passo, surgem novas divisórias, novas portas. Ali, onde,  habitualmente, se virava à direita, agora vira-se à esquerda. No chão, inscrevem-se rotas de sentido único que devemos ser capazes de interpretar, embora dificilmente saibamos onde nos levam…
Funcionários aceleram o passo como se a pressa pudesse resolver alguma coisa. Lembram-me o São José, severo com os animais, mas incapaz de compreender o que lhe acontecera…
Também eu não compreendo como é possível remendar tanto, já que o improviso, ainda que bem intencionado, só serve para mascarar a situação. 
Enfim, talvez seja castigo! Espero que em abril tudo esteja consertado!

10.2.21

Cogumelos

 

Logo que a humidade aumenta, eles despontam. Neste caso, o agricultor é completamente desnecessário.

Ao certo, não se sabe se há algum propósito. Assim como prosperam, assim definham.

Nós ainda não percebemos se, para outrem, somos cogumelos. 

Bom seria que pensássemos um pouco mais na sorte que temos… antes que nova vaga desponte.

9.2.21

A parede

 Mesmo que não esteja visível, a parede está presente... Talvez fosse mais sensato contorná-la, fazendo de conta que ele desaparecera, mas isso significaria abdicar... fugir da razão.

“Não estou zangado com ninguém. Hoje achei apenas que era a minha oportunidade de fazer as pessoas refletir e abrir a discussão a todo o país daquilo que está a ser feito e se podemos fazer alguma coisa que evite voltar a passar por aquilo que passámos em janeiro que foi a pior crise de saúde publica de Portugal dos últimos 100 anos.
Na reunião do Infarmed, Carmo Gomes criticou a atuação do Governo de António Costa, avisando que Portugal andou “sempre atrás da pandemia”, numa referência clara ao atraso na tomada de medidas.

(...) Se conseguirmos, através da testagem, identificar as pessoas infetadas ainda antes de estas manifestarem sintomas, Manuel Carmo Gomes defende que “podemos ter uma resposta forte à epidemia sem ter de submeter o país a uma situação como a que estamos agora”. 

7.2.21

Intrigante

Não compreendo o que se passa no Oriente. Com tantos milhares de milhões de corpos em movimento, a Covid-19 parece estar a desaparecer na Índia e na China... Haverá alguma explicação plausível?

Talvez, a Covid-19 seja um castigo lançado a Oriente para castigar os desmandos do Ocidente! 

Não quero crer, mas verdade seja dita: os Velhos, mesmo que sejam do Restelo, continuam a ser dizimados, como já o eram quando a peçonha invadiu as ruas de Lisboa.

Vale a pena lembrar que tempos houve em que um Velho nos amaldiçoou por termos ousado ir além do canteiro em que íamos medrando.