4.8.23

Ainda não fui espreitar o Papa


... e não sei se vá. 
Delego a minha curiosidade no Presidente Marcelo, um homem piedoso cujos gestos são arrasadores...
Entretanto, vou observando os jovens peregrinos italianos que, por perto foram alojados, e que se debatem com falta de casas de banho... Quanto à alimentação, procuram-na no pequeno comércio, evidenciando que os recursos não serão muitos... Felizmente, o Sol não lhes tem faltado! E alegria!
O que mais estranho é que os milhões de euros gastos no Parque Tejo não têm sido aproveitados - apenas estão previstos dois eventos!
Nem sequer as casas de banho, que avisto da minha janela, estão a ser colocadas à disposição dos peregrinos ...
Bem sei que o Papa não se ocupa de latrinas no sentido literal, mas há  gestos que lhe devem cheirar mal.

31.7.23

Escolhas

Tenho encontrado nos últimos dias uns tantos cristãos que porfiam em dizer-me que não são católicos, ao mesmo tempo que batem com a mão no peito.
Esta inesperada confissão deixa-me de pé atrás. Até porque os cristãos nunca foram avessos ao investimento...

(De facto, não sei a razão de tal pronunciamento. Eu nunca acreditei verdadeiramente em entidades divinas. Esse foi o verdadeiro motivo da minha saída do Seminário de Santarém em março (?) de 1971. E de lá para cá, a fé não me bateu à porta. Isto não significa que, a espaços, não tenha acreditado no ser humano... No entanto, vou sendo assaltado pela desilusão.

Da minha janela, avisto o recinto em que vão decorrer as JMJ e, sobretudo, o sapal cercado pelas águas atlânticas, sim, porque o Tejo vai continuar assoreado por falta do malfadado capital... talvez porque o rio seja católico. 
Pode ser que Francisco regresse à Natureza... nas suas homilias.  

29.7.23

Para o caso de terdes sede


 Abri bem os olhos e vereis que as torneiras não vão faltar!

Quanto à água, esperemos que também não falte ou que, em situação extrema, chova abundantemente... Só não me atrevo a nomear quem possa interceder pelos sequiosos porque, caso não tenha havido concurso público, o Tribunal de Contas não se esquecerá de erguer a sua voz aos céus...

Por mim, só espero que o esforço valha a pena e que ninguém se engasgue ou se afogue... e desejo que lá para o dia 8 o lixo já tenha sido levantado e transformado. Em quê? Não sei!

PS. Não esqueça a garrafinha, de preferência, de vidro...

26.7.23

Latidos


Os cães ladram... vá lá saber-se porquê! 
Também me apetece ladrar... e sei porquê. 
O mais fácil seria desistir, mas pra quê...
Contar uma história, criar uma narrativa, talvez! 
Porém, nenhuma história explica os latidos.
Ainda se fossem uivos... O que é feito dos lobos?

Com tantas canelas à mostra... Talvez me atire!
... mas pra quê... 
vou esperar que Francisco explique.

22.7.23

A cigarra e as formigas

É mais fácil pisar inadvertidamente uma dúzia de formigas do que observar uma cigarra por mais afinado que seja o ouvido...
 

Bem, hoje lá consegui avistar uma cigarra. A foto não é a melhor, mas registo-a aqui, pois sempre que a oiço, procuro-a intensamente...

Enfim, quem porfia sempre alcança... tal como as formigas, apesar de nós não lhe darmos a mesma atenção...

19.7.23

Novamente, o autocarro 783 da CARRIS

Hoje, não posso deixar de pensar na carreira 783 (Carris). Não sei se sabem, mas alguém teve a ideia de a bifurcar. Alterna entre o Prior Velho e a Portela.

Hoje, o painel de uma das paragens da Av. da República anunciava 2 autocarros, quase simultâneos: um para cada localidade. Só que o génio da Carris decidiu passar a RESERVADO o que seguia para a Portela, obrigando os passageiros a entrar no que ia para o Prior Velho.

Entretanto, chegados ao Campo Pequeno, foi possível observar que o RESERVADO retomava ali a marcha para a Portela, tendo ignorado os que o esperavam na paragem anterior.

Em conclusão, o cidadão que adivinhe e sobretudo que vá a pé, mesmo quando possa ter dificuldades de locomoção...

Como de nada serve queixar-me à CARRIS, deixo aqui este TESTEMUNHO de como a empresa não está ao serviço do utente...

18.7.23

O derradeiro peão



No mês em que fez 19 anos, foi abalroado por um AUDI apressado na rua Dona Estefânia (Lisboa).
Não cometeu qualquer infração: parou junto de uma passadeira para que os peões atravessassem em segurança, e depois retomou a marcha... só que, de súbito, o CLIO viu-se acossado por outro veículo que, parado na passadeira, atrás de outros veículos devidamente estacionados, decidiu precipitar-se para a faixa de rodagem...
O insólito é que, agora, o AUDI deseja ser indemnizado, pois esperava que o CLIO o tivesse visto, como se fosse o derradeiro peão.