Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
13.6.09
Sem sair do país de Sócrates...
11.6.09
No país de Sócrates…
Sócrates: «Sempre pensei que os oradores e os sofistas são os únicos que não têm direito a censurar aqueles que educam pelo facto de estes serem maus para eles, porque, acusando-os, se acusam a si próprios de não lhes ter prestado os serviços que dizem ter prestado. Não será assim?», Platão, Górgias
8.6.09
Falsa surpresa…
Ao visitar o passado, deixo-me surpreender com as histórias que me contam sobre comportamentos antigos de protagonistas do presente. Começo a acreditar em Alfred Adler, discípulo de Freud, que defendia que dificilmente conseguimos alterar o nosso estilo de vida. Creio que Alfred Adler argumentava, perante a dimensão da maldade humana, que aos cinco anos de idade o nosso futuro já está traçado.
Há anos que arrumei o Alfred Adler na estante, um pouco zangado com a descrença dele no poder da educação… e, sobretudo, com a legitimação da irresponsabilidade do ser humano. No essencial, a educação só servia quem estava disponível para a acolher. Os outros, os rebeldes, mesmo que superiormente inteligentes, estavam-se borrifando para o esforço dos mestres…
Hoje, o J.M. contou-me umas histórias com cerca de 20 anos sobre uns conhecidos nossos que me obrigaram a relembrar o Alfred Adler. No essencial, trata-se da história de alguém (no plural) que tendo um dever para cumprir o olvida reiteradamente, de alguém capaz, para proteger os seus correligionários, de desrespeitar o princípio da equidade…
Se ao longo de todos estes anos eu tivesse sido fiel a Alfred Adler, hoje não teria sido surpreendido.
No entanto, tal como ainda não será hoje que vou verificar se a ideia que atribui a Alfred Adler é, de facto dele, também a surpresa confessada não passa de uma falácia… Entretanto, este meu suposto mestre, envergonhado, escondeu-se de mim…
7.6.09
A obstinação autista...
6.6.09
Dia de reflexão...
5.6.09
Numa guerra aberta aos ortopoemas
Arménio Vieira (Arménio Adroaldo Vieira e Silva) acaba de ganhar o Prémio Camões 2009. Nasceu na cidade da Praia, ilha de Santiago, Cabo Verde, a 29.1.1941.
A escolha não deixa de ser surpreendente. Para assinalar a polémica opção do Júri, presidido pela professora Helena Buescu, transcrevo a seguinte promessa de mudança de poética (Poesias, 1984):
Prefácio a um livro futuro
Em Dezembro reparei na ortografia
Da velha poesia utilitária
E vi que em Janeiro
Podia começar a dispor as pedras do alfabeto
Em sentido oposto ao que até aí
Não ultrapassa os limites
De uma nojenta gastronomia poética
Risquei de A a Z os versos úteis
E, numa guerra aberta aos ortopoemas,
Decidi que ser poeta a sério
Implicava uma espécie de suicídio
Sobre os meus poemas transitivos
Tracei uma grande cruz vermelha.