30.12.20

2020


Avenida da Igreja

 Ainda não foi em 2020 que aprendi a "fazer uma fotografia"! Mas já estou a tratar da dificuldade - comecei a estudar a obra do Alexandre Barão, Fotografia com Câmara Digital e Smartphone"...
Passei metade do ano a ler os dois volumes de Pensar o Mundo, de Manuel Maria Carrilho. Diga-se, a talhe de foice, que o filósofo tem razão no diagnóstico que faz do estado da nação e que, se fosse lido e ouvido com mais atenção, provavelmente este país poderia ter sido governado por gente menos ignorante, menos carreirista e amiga do alheio.
Passei outra metade, a estudar Alemão para contrariar a ideia de que burro velho não aprende línguas… e começo a pensar que a sabedoria popular não erra… De qualquer modo, os neurónios continuam ativos, o que já é motivo de satisfação.
Em matéria de caprichos, continuo com este blogue, dando conta de ideias, certamente inúteis, que mais valeria calar, mas que fazer?
Na verdade, 2020 foi o ano da minha aposentação, iniciada no dia das mentiras, mas coincidindo com um facto que nos fechou a sete chaves - talvez menos! - o que bem visto nem foi assim tão difícil! Para mim claro, pois, passei metade da adolescência a atirar bolas contra a muralha fernandina que, à época, me cercava. Com ou ou sem vírus!
Para 2021, nada antecipo, porque a realidade é quem mais ordena e eu pouco voto tenho na matéria. Fica dito!

28.12.20

Não sei porquê

Cruzeiro Seixas
Não sei porquê, mas o quadro que despertou a minha atenção foi este. Talvez, porque o Surrealismo português foi e continua a ser, em grande parte, literatura.
Uma literatura específica, empenhada em desfocar a realidade, procurando, através de associações inesperadas, questionar a ordem vigente…
Uma literatura vítima do poder, que dele se propôs escarnecer.., mas que raramente o conseguiu incomodar… (ideia controversa!)
Vale, no entanto, a pena visitar a exposição Fazedor do Nada Perfeito, até 30 de Dez. 2020, na SNBA. 

26.12.20

Mais valia

L'abbé Dinouart

                                                                        
Mais valia que aprendêssemos o silêncio antes de começar a barafustar a torto e a direito…
Parece que o primeiro-ministro deveria ter prometido,  para 2021, o que sabe, de antemão,  não poder cumprir.
Creio que ainda não percebemos que a mentira não nos tira do pântano em que nos vamos afundando. Se, em 2021, António Costa conseguir assegurar as necessárias vacinas e estas nos livrarem da ameaça que nos fustiga, já teremos razões de sobejo para festejar…

24.12.20

Flores de Natal!

Véspera de Natal
                                                                                   As verdadeiras flores estão no jardim. Estas 'colhidas' hoje são apenas representação, ilusão visual. 

Um bom Natal para todos! - familiares, amigos e estranhos para que não se percam na 'floresta de enganos'...

22.12.20

As vírgulas

Rua de Santa Marta

De quando em vez, 
regresso só para observar as vírgulas. 
Coloco uma aqui, retiro outra ali.
Por mais estranho que possa parecer, 
a mudez do censor das vírgulas incomoda-me.

De imediato, 
o que me inquieta é o tempo - o atraso que não vou ser capaz de ultrapassar, com ou sem vírgula.

Superada a inquietação, desci até à ruina do lugar, até à nulidade da ação política.

20.12.20

Vem aí o inverno!

Apesar dos sinais serem de despojamento, tal não significa que a vida se extinga. O recolhimento apenas significa uma desaceleração do ritmo, criando uma nova harmonia. Está nas nossas mãos compreender essa necessidade ou, pelo contrário, continuar a pensar que somos superiores, virando as costas aos ensinamentos fundamentais do Vida.
A própria morte, se não resultar da nossa incúria, ganhará sentido por muito que não o queiramos aceitar.