Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
15.5.12
O rei de Argos
13.5.12
«O Crime de Aldeia Velha» pelo GTESC
Bernardo Santareno deixou-nos uma «aldeia» tão concentracionária que nela se move um Portugal inquisidor, sexista e endemoninhado. E nem uma igreja mais arejada pôde combater a histeria que, minuto a minuto, se apoderava das vozes das harpias!
A representação a que ontem assisti no Auditório Camões trouxe-me de volta as harpias da minha aldeia. E assim sendo só posso dar os parabéns ao coletivo do GTESC.
A aldeia, hoje global, mantém infelizmente as taras do passado. E neste tempo de crise profunda é cada vez mais fácil atear novas / velhas fogueiras!
Da luz às trevas, vai um passo bem pequeno!
11.5.12
O erro irreparável…
9.5.12
A riqueza dos países
Com ou sem memória, à natureza basta que chova para que a seiva jorre, o que me faz pensar que se os neurónios andassem mais à chuva teríamos mais soluções para os problemas que nos afectam.
Na verdade, a riqueza dos países mede-se mais pela quantidade de precipitação do que pela inteligência dos homens. Afinal, sabemos bem que os nórdicos não prescindem do guarda-chuva ou da gabardine… e nós, os do sul, o que fazemos?
5.5.12
Cravos
3.5.12
1.5.12
Persistência
I - Até correu bem, a ida ao teatro. No geral, os alunos souberam respeitar o trabalho dos atores. O grupo A Barraca representou com sobriedade a peça de Luís Sttau Monteiro, Felizmente Há Luar! O encenador privilegiou a palavra, em detrimento dos efeitos sonoros e visuais que, de certo modo, o texto dramático autoriza.
Em palco, para além do círculo da regência, multiplicaram-se os sinais do Estado Novo: figuras dúbias de gabardine e óculos escuros… E Matilde, esposa extremosa do General Gomes Freire de Andrade, cujos afetos hostilizam o desespero do povo, acaba por se consciencializar de que a esperança reside naqueles que conseguem ver para além das cinzas…
II – Maio surgiu, descontínuo e sombrio. No entanto, as amendoeiras e as nespereiras prometem colheita farta. As oliveiras e as vinhas, em flor… Longe, a retórica farta esgota-se em argumentos primários, incapaz de criar um posto de trabalho… A chuva ainda não desistiu de nós!