14.2.13

A origem da espécie

 
O Papa retira-se cerimoniosamente e promete remeter-se ao silêncio.
O ajudante Viegas, secretário de estado da cultura, retirara-se titubeantemente... Esperar-se-ia uma longa convalescença!
Mas não, os literatos não resistem:
 
Eis em que pára a Antiga Academia,
Depois que a mãe Sandice  o cu tanchara
Nas cristalinas águas do Mondego,
Transformado o museu num cagatório,
E mudado o anatómico escalpelo
Em pena gazetal, que asneiras verte.
José Agostinho de Macedo (1761-1831), excerto de OS BURROS

13.2.13

Durante a Quaresma

Nota deixada no facebook:
Duarante a Quaresma, prometo abster-me de referências à classe política e aos madraços que crescem um pouco por toda a parte. Fiel à caruma, vou procurar os pinhais e meditar no voo dos pássaros.

Explicação:
O Facebook é o exemplos dos excessos que é preciso evitar nesta época austera em que até o Papa decidiu retirar-se. Só é pena que os apóstolos sejam tão poucos!
 
Eu por mim, em tempo de cinza, tudo farei para me tornar invisível, para eliminar a minha pegada.

Confesso, no entanto, que uma parte do tempo será passado no Estúdio Raposa http://www.estudioraposa.com/ de Luís Gaspar. 

12.2.13

Beatriz Talegón em Cascais

http://www.youtube.com/watch?v=WT2tbHq9hlg&feature=player_embedded

A Internacional Socialista vista por dentro.
Basta ouvir atentamente para perceber o que separa os jovens de hoje das supostas elites dirigentes.
 
 
 
 



 

Tempo de cinza

Tudo mortifica!
O Papa que se sente cansado e o País que não sai da cepa torta...
Uns sem trabalho e outros condenados a trabalhos forçados!
Uns tantos que insistem em não assumir responsabilidades e vivem sem dar conta dos penados...
Outros há muito encalhados, mas convencidos de que a Loba faminta os evita...
 
Claro que há ainda o Carnaval!
Milhões contorcem-se nas ruas à espera de não acordar num tempo de cinza...  

11.2.13

A resignação com hora marcada de Benedictus PP. XVI

« (...) C’est pourquoi, bien conscient de la gravité de cet acte, en pleine liberté, je déclare renoncer au ministère d’Evêque de Rome, Successeur de saint Pierre, qui m’a été confié par les mains des cardinaux le 19 avril 2005, de telle sorte que, à partir du 28 février 2013 à vingt heures, le Siège de Rome, le Siège de saint Pierre, sera vacant et le conclave pour l’élection du nouveau Souverain Pontife devra être convoqué par ceux à qui il appartient de le faire
 
O que mais aprecio na declaração de resignação de Sua Santidade é a marcação da data (A-M-D-H). É finalmente uma prova da infalibilidade papal!
Não posso deixar de apreciar o gesto de Sua Santidade, mas não sei bem a que verbo devo futuramente recorrer para designar o actus: RESIGNAR,  RENUNCIAR ou DEMITIR-SE?
Na hora da decisão, continuo indeciso: a fé continua a faltar-me. Porque será, IGNOTO DEO?

Nota: Peço desculpa pela citação em francês, mas nesta matéria, não tendo tido acesso à "declaração" em Latim, prefiro a tradução em francês. 
 
 
 
 

Documento de Coimbra

Afinal, o slogan PORTUGAL PRIMEIRO acabou por ser subtituído pelo título DOCUMENTO DE COIMBRA. De acordo com o próprio, DOCUMENTO de António José Seguro! E, deste modo, fica explicado o plágio inicial e cimentado o currículo académico do seu autor.
Não sei quem terá descoberto o plágio, mas o rumo de Seguro fica traçado. De cada vez que se deslocar a uma nova localidade, Seguro fica obrigado a produzir novo documento.
Consta, no entanto, que para evitar tarefa tão laboriosa, Seguro está já a pensar em marcar os próximos encontros para Coimbra, pois nada terá a acrescentar às teses já enunciadas para libertar Portugal das forças obscuras o governam.
Entretanto, António Costa regressou ao seu Castelo, à espera que a sua corte cresça e que o país apodreça...
 
Nota: Passei por http://www.ps.pt/  e as notícias do Partido Socialista são do dia 9 de fevereiro. Até eu estou mais atualizado!

10.2.13

PORTUGAL PRIMEIRO


«Querer assacar a qualquer Governo a responsabilidade pela crise não é sério. Justo será reconhecer que todos os Governos tiveram a sua responsabilidade na situação do país.
O PS assume por inteiro todas as suas responsabilidades passadas e presentes.»

António Costa e os amigos de Sócrates podem estar descansados: Seguro, em nome do PS, não os irá responsabilizar pelo estado de falência a que o país chegou!
As duas últimas semanas de agitação socialista ficam, assim, sintetizadas em 3 linhas de um documento de 27 de páginas a levar a Coimbra neste carnavalesco domingo.
Nas 27 páginas de PORTUGAL PRIMEIRO só vislumbro lugares comuns. Quanto ao incremento das medidas do memorando que o PS assinou com a Troika, nada é dito. Apenas exigências, como se o PS tivesse sido sempre um partido da oposição.
E já agora proponho a reformulação do slogan: PORTUGUESES PRIMEIRO!