Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
18.10.09
100 anos a aprender no Camões
17.10.09
Pôr à disposição…
Ter uma ideia
participada
e vê-la abocanhada
desfolhada
embrutece.
Estar lá e ficar de fora…
vassalos devorados
rasurados
traídos no Livro da vida.
15.10.09
Do Quiroptário à Pedreira do Galinha...
13.10.09
Padre António da freguesia da Assentis no Jogo Duplo?
12.10.09
É a hora de…
Apurados os resultados das europeias, das legistativas e das autárquicas, é tempo de, nos próximos quatros anos, governar com responsabilidade, cumprindo as promessas exequíveis.
As manobras políticas devem cessar, dando espaço à clarificação das iniciativas para o desenvolvimento, e no caso dos perdedores ao reajustamento e à preparação do futuro.
E na circunstância seria bom que o presente ocupasse o palco por inteiro.
(Claro está que já andam por aí umas almas a assombrar qualquer decisão, a pôr em causa qualquer escolha, a menorizar o sentido do voto dos portugueses.)
É a hora de desprezar os intriguistas, os manipuladores, os derrotistas. É a hora de construir o presente!
11.10.09
Nota biográfica incompleta…
Jorge Freitas e Silva Melo
Nasceu, de cesariana, em Lisboa, a 7 de Agosto de 1948. Residiu inicialmente no andar onde mora actualmente o primeiro-ministro José Sócrates, na rua Castilho. A mãe era professora do ensino primário e o pai comerciante (?). Até aos 4 anos, viveu em África. De regresso, foi viver para a rua da Artilharia 1 (bairro judeu, à época), onde foi vizinho de Esther Mucznick e de Vera San Payo Lemos. Entretanto, foi viver para um prédio situado perto da Igreja de S. Mamede, onde também residia a actriz Manuela Porto.
Estudou nos Maristas, onde quis fazer uma redacção sobre o dirigente africano Lumumba, sendo suspenso durante três dias.
De 1963 a 1965, fez o 6º e o 7º ano no Liceu Camões, tendo como professores, para além da própria irmã[1], Mário Dionísio, João Bénard da Costa e Padre Fernando Belo. No entanto, de acordo com um testemunho seu, também terá frequentado o Liceu no 5º ano (1962-1963), pois referindo-se ao mestre Mário Dionísio, cita a resposta que ele dava aos alunos que não conseguiam exprimir o seu pensamento: “só que enquanto não souberes dizer, não sabes". O seu ensino era só isto: seja nas aulas de Francês – até ao 5º ano – seja nas de Português – 6º e 7º – ensinava “ a saber dizer”. Por isso insistia – e se insistia! – na organização do discurso, na estruturação do comentário, na propriedade dos termos, na ordem da apresentação, na convenção da paginação...
Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi aluno do Padre Manuel Bernardes, com ele tendo aprendido a ler / descobrir Les Mots et les Choses, de Michel Foucault.
Em 1969 e 1970, estudou cinema na London Film School. Mais tarde, estudou teatro em Berlim – estagiário[2] na Schaubühne – com Peter Stein – e no Piccolo Teatro/ Scala de Milão – com Giorgio Strehler.
Fundou e dirigiu, com Luís Miguel Cintra, o Teatro da Cornucópia (1973/79). Fundou, em 1995, a sociedade Artistas Unidos de que é director artístico e onde se centra, actualmente, a sua actividade.
Produtor, realizador, encenador, actor, argumentista, cronista, ensaísta, crítico e tradutor. Recentemente, Jorge Silva Melo trouxe à cena a peça Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello. E, também, é possível ver nas salas de cinema a curta-metragem A FELICIDADE com Fernando Lopes, Pedro Gil e Miguel Borges.
Na relação de Jorge Silva Melo com a Escola Secundária de Camões, vale a pena recordar a produção dos Artistas Unidos “O Amante de Ninguém” apresentada ao público nas Caves do Liceu Camões, em Abril de 1999. E acrescente-se que Jorge Silva Melo continua a inspirar-se em José Rodrigues Miguéis, um autor nosso, demasiado esquecido.
[1] - Doze anos mais velha. Hoje, JSM toma conta da irmã…
[2] - Bolseiro da Gulbenkian.
O Baile da vida e dos nós…
Ontem, tive oportunidade de ver o filme-documentário Le Bal des Actrices, de Maiwenn le Besco. Um documentário sobre o universo selectivo e competitivo da vida das actrizes na vida e na tela. O documentário acaba por virar ficção, levando à simulação de revolta das actrizes convidadas, ao aperceberem-se que perderam o protagonismo. A documentarista (esposa-mãe-amiga-fotógrafa-realizadora) acaba por valorizar/questionar os múltiplos papéis que desempenha, deixando no ar uma certa insatisfação. Uma ideia de precariedade… em tons de comédia musical ligeira.
Este filme integra a 10ª Festa do Cinema Francês. Os franceses continuam a apostar em nós.
E nós, como é que explicamos a decadência da cultura e da língua francesa em Portugal? O que é feito dos nós culturais e afectivos que, pelo menos, desde o séc. XVIII, fomos desenvolvendo até 1974?
Desgraçadamente, este apagamento da cultura e da língua francesa envolve as restantes línguas românicas, gerando, por seu turno, o desvirtuamente da língua portuguesa.
Há dias em que chego a pensar que os nossos linguistas e os nossos gramáticos são de raíz anglo-saxónica!