16.2.11

Impulsos contrários… Basta!

Chove, venta, neva mesmo… as árvores burguesas tombam sobre automóveis incautos e os guarda-chuvas chineses naufragam na via pública. As imagens de telhados revoltos, de campanários esventrados, de populares aterrados, apesar dos santinhos, entram-nos pela casa dentro… Tudo de foguete como se o fim num ápice se aproximasse!

As greves em empresas ruinosas proliferam alheias ao estado das centenas de milhares de desempregados… sem perceberem que de empregados grevistas passarão rapidamente a descartáveis, bastando uma abordagem sistémica do problema da dívida para que a maioria das empresas públicas seja definitivamente encerradas.

Se à ventania nada podemos opor, o mesmo já não se pode dizer no que respeita à insensatez da gestão dos recursos públicos: BASTA!

13.2.11

A Casa–Museu Dr. Anastácio Gonçalves e o Grupo do Leão

A seguir pelas propostas que faz...

No centro da Cidade de Lisboa, revisito uma casa-museu fantástica, mandada construir pelo pintor José Malhoa, e que mais tarde foi adquirida pelo oftalmologista Dr. Anastácio Gonçalves, coleccionador de mobiliário dos séculos XVII e XVIII e de pintura naturalista, designadamente de SILVA PORTO… Todo esse acervo se encontra exposto, deixando-nos antever o gosto e a riqueza do homem nascido em Alcanena, terra de curtumes que certamente não serão alheios à constituição deste magnífico património…

Esta nova visita trouxe-me a necessidade de esclarecer a génese do Grupo do Leão (1880-1888). Por volta de 1880, Silva Porto, regressado de Paris, onde fora discípulo de Daubigny, tomou conta da cadeira de pintura da Escola de Belas-Artes de Lisboa e criou à sua volta um ambiente de vivo entusiasmo. A cervejaria "Leão" era o seu ponto de encontro com amigos, admiradores e discípulos.

(João Vaz, António Ramalho, Cipriano Martins, Columbano Bordalo Pinheiro, Rafael Bordalo Pinheiro, José Rodrigues Vieira,  Silva Porto José Malhoa, Moura Girão, Henrique Pinto, José Ribeiro Cristino integraram o referido grupo.)

No Outono de 1881, começaram a juntar ideias para a primeira exposição do grupo, que acabou por decorrer nas Salas da Sociedade de Geografia. A "Exposição dos Quadros Modernos", como lhe chamaram, abriu em 15 de Dezembro de 1881. O catálogo foi ilustrado com desenhos dos expositores, gravados em zinco - novidade gráfica daquele tempo. O público acorreu, interessou-se e comprou muitas obras.

/MCG

12.2.11

Pingarelhos…

Enquanto que, no Egipto, os generais contam as armas e redistribuem as comendas, e o povo celebra nas ruas a ilusão, por aqui armamos ao pingarelho: o Bloco de Esquerda sonha que tem do seu lado mais de 50% dos portugueses; o PSD faz de conta que se preocupa com a sorte do povo e por isso adia a decisão há muito tomada – deixar ao PS a aplicação da política ruinosa dos credores; o PCP, pudico, dá ares de cortesã ultrajada e promete avançar orgulhosamente com a sua moçãozinha; o CDS, enredado na farsa de plebiscitar o pequeno «duce», mas pronto a avançar para qualquer poleiro… enquanto o PS continua a encenar histrionicamente a morte da Pátria, lavando as mãos olímpicas…

Bom seria que a revolta saísse à rua, livre de grilhetas, e varresse a cambada que há longos anos saqueia a Pátria! Mas como se o saque nos corrói desde a fundação?

11.2.11

A caminho…

Entregar o poder às Forças Armadas Egípcias é abrir o caminho para o abismo. Nas ruas e na caserna erguer-se-á uma oligarquia cimentada no ódio aos Estados Unidos e a Israel.

Esta satisfação ocidental em torno da partida de Mubarak mais não é do que um golpe de mágica para confundir o povo egípcio e mundo árabe.

De qualquer modo a ilusão é do Ocidente, pois o mundo islâmico não corre atrás da democracia! A laicização do mundo árabe não passa de uma fantasia ocidental!

8.2.11

Falsos ídolos...

Quando os recursos são escassos, há sempre quem veja no seu trabalho grande mérito mesmo que nada traga de novo. Repetem-se as conclusões, mas, de verdade, este novo riquismo não passa de um indicador de luta pelo poder. Com mais ou menos SeguraNet, a pobreza moral, social e económica continua a alastrar. Mudam as ferramentas, cresce a velocidade da revolta, mas o mundo fica mais pobre, porque as novas linguagens continuam a ser feudo de sumos pontífices mais ou menos ocultos.


6.2.11

Aqui é que se está bem!

Tem tudo: água, luz e cor! E, sobretudo, como diria Alberto Caeiro, não há humanos; só uma criança, loura… e árvores que crescem sem nos pedir autorização… e aves, diversas, que cantam sem rimas.

Nada, aqui, é pensado, tudo é natural, sem escola onde ir, a não ser que subamos a encosta…~
/MCG