17.4.11

Instalação “Memórias”


No Centro Comercial TURIM, Estrada de Benfica, uma instalação que aproveita as radiografias para dar expressão à construção de memórias.

A QUENTE… e a FRIO!



Ao lado, na Sala de Teatro, até 8 de Maio, THERE’S AN ELEPHANT IN THE ROOM, por Filipa Leão, Sophie Pinto, Vanda Cerejo.

(Iniciativas de quem luta contra a inércia e a injustiça de um país que ignora o presente e o futuro.)

O impasse…




Quando a casca esconde o miolo, só a mudança de atitude poderá ajudar a sair do impasse.

Fora das cidades, há um país por explorar; há campos por cultivar.

No entanto, felizes, procuramos os areais!

(Já em tempos, D. Sebastião se enganara no caminho!)

15.4.11

Cilindro compressor, Acto 2

 (Manhã) A vacuidade das respostas da prova de exame de Literatura Portuguesa dá corpo à teoria de que os classificadores são excessivamente benévolos e, sobretudo, que testar conteúdos leccionados no 10º ano não faz qualquer sentido, isto se considerarmos a fragilidade da memória dos examinandos. Para quê sobrecarregar-lhes os neurónios?

Relidas as respostas às provas de exame das disciplinas de Português (língua materna e não materna) e de Literatura Portuguesa, percebemos a opção das duas últimas décadas: a aposta nas competências. A substituição do ‘conteúdo’ pelo ‘continente’, do miolo pela casca!

E este é o caminho que origina a ‘geração à rasca’! Uma geração que começa a compreender que alguém lhe serviu a casca, apropriando-se do miolo. O que, de modo nenhum, significa que estejamos perante uma geração desmiolada!

(Tarde) A aplicação da catequização processa-se de forma mais ou menos tranquila, pois o problema a resolver consiste em responder de acordo com o ESPÍRITO do GAVE. Quem sabe se as ‘línguas de fogo’ nos iluminaram os neurónios?

Da minha passagem por este “secador”, fiquei sem compreender a “teoria” que me reduziu a uma “estrutura” que, no meu caso, me situa entre os 55 e os 65 anos…

(O Acto 3 segue dentro de dois meses e prevê-se que o drama termine num Ato 4, em forma de relatório de 3 páginas A4, no início do próximo ano lectivo.)

14.4.11

O cilindro compressor…

Incapaz de agir a montante, o ME encarregou o GAVE de resolver o problema a jusante. E para o efeito, pôs em marcha o cilindro uniformizador. Este, no essencial, selecciona uma fonte de erro – o professor classificador – e submete-o, em regime intensivo, a uma lavagem ao cérebro que faz lembrar os velhos cursos de cristandade que, também, eles almejavam a fiabilidade intersubjectiva, em nome do ESPÍRITO de (DEUS / GAVE).

Apesar dos assomos de revolta dos catecúmenos, este adaptam-se rapidamente, pois vêem na estratégia seguida o caminho redentor que lhes permitirá replicar a boa nova, eliminando definitivamente os escolhos que ensombram o percurso dos respectivos neófitos.

(O Secador, Final do 1º Acto)

12.4.11

A Gramática é uma canção doce…


Uma leitura recomendada a todos os meninos e meninas que ainda não concluíram o 6º ano de escolaridade. Recomendo-a também a todos os professores que um dia, no âmbito da avaliação pedagógica regulamentar, ouviram: « – A senhora não sabe ensinar. Não respeita nenhuma das instruções do ministério. Nenhum rigor, nenhum espírito científico, nenhuma distinção entre o narrativo, o descritivo, o argumentativo.(…) Minha cara amiga, precisa rapidamente de uma boa actualização
E, sobretudo, recomendo este romance a todos os classificadores que têm sido enviados para o SECADOURO: «Eu compreendera: uma turma inteira de professores. Submetiam-se a um desses famosos tratamentos de cuidados pedagógicos. Pobres professores!»
Je suis né à Paris, le 22 mars 1947 (de mon vrai nom Erik Arnoult), d'une famille où l'on trouve des banquiers saumurois, des paysans luxembourgeois et une papetière cubaine. Après des études de philosophie et de sciences politiques, je choisis l'économie. De retour d'Angleterre (London School of Economics), je publie mon premier roman en même temps que je deviens docteur d'État. Je prends pour pseudonyme Orsenna, le nom de la vieille ville du Rivage des Syrtes, de Julien Gracq.

E se o FMI começasse pelos franciscanos!

O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros. O valor desta aposentação resulta, segundo disse ao CM Vítor Melícias, da "remuneração acima da média" auferida em vários cargos. (CM, 26.03.2009)

«Outrora o papel do Estado em relação à aldeia confinava-se nisto: sugá-la. (…) Ano por ano não se esquecia de lhe cobrar as duas espórtulas com que se alimentavam os poderes civil e eclesiástico, décima e côngrua. (…) O Estado além disso custeava uma escola na aldeia, por via de regra num paredeiro abominável mas fazia-o de propósito – seja-lhe levada em conta a boa intenção – de reduzir na estatística o contingente elevado de analfabetismo que nos degradava no concerto das nações comme il faut. Questão mais de decência que de necessidadeAquilino Ribeiro, ALDEIA, 1946

Será o FMI suficientemente astuto para perceber quais são os mecanismos internos de empobrecimento do país? Ou irá cair na estratégia de cortar a torto e direito, sugando ainda mais aqueles que, sem defesa ou manha, estão mais à mão do fisco?

Conselho modesto mas sincero: o FMI deveria dar toda a sua atenção aos franciscanos, às igrejas, às ongs, aos clubes de futebol, às fundações, às parcerias público-privadas, às empresas municipais, aos institutos, aos bancos, aos centros de emprego, à parque escolar…, sem esquecer todos os delegados ao congresso (e respectivas famílias) de qualquer partido com assento na Assembleia da República…

De momento, esta investigação já é mais de necessidade que de decência!

10.4.11

O finório Fernando Nobre

Depois do Fernando Nobre ter anunciado que vai ser presidente da assembleia da república na próxima legislatura, fiquei tão sem saber o que pensar que decidi reler O Romance da Raposa, de Aquilino Ribeiro.

Já estou a imaginar as Comemorações do 25 de Abril ou do Dia de Camões sob o patrocínio da dupla Cavaco Silva – Fernando Nobre.