22.2.18

Veto silencioso?

Imaginação verbal não nos falta!

Social-democrata escolhido por Rui Rio para liderar a bancada parlamentar ficou pelos 39% dos votos dos colegas de bancada. Número de brancos e nulos revelam falta de união em torno do novo presidente do partido.

Inteligentes, estes deputados! O melhor é começarem à procura de emprego, pois na próxima legislatura ninguém se lembrará deles...
E se tal acontecer, isso será bom sinal, pois mostrará que do passado passista não reza a História.

21.2.18

Nem uma pequena nota

Não sei porquê, mas há pessoas que raramente são notícia... Outras há que se expõem diariamente sem que nada o justifique...
Dir-se-á que a notícia é caprichosa, mas a verdade é que ela obedece a interesses económicos e a valores inconfessados...
Talvez seja por isso que me sinto traído ao não ter notícia do que é feito de certas pessoas que aprendi a respeitar.
Quero acreditar que elas decidiram regressar ao anonimato para não serem enlameadas pela suprema vaidade das horas...
Só que fica um vazio. Nem uma pequena nota a contar se, afinal, tudo estava previsto...

Sem esquecer que pode haver outra explicação. Por exemplo, é muito inconveniente que as minhas horas sejam geridas pelo capricho de quem não percebe que as minhas horas não são minhas, mas que também não são deles...

20.2.18

António Guterres diz-nos o que queremos ouvir

O que fundamentalmente hoje interessa nas universidades e no sistema educativo não é tanto o tipo de coisas que aí se aprende, mas a possibilidade de aí se aprender a aprender”. António Guterres

A ideia é antiga e sedutora. De tão repetida, já perdeu a força ilocutória inicial.
No tempo em que foi defendida, ainda não dispúnhamos da maioria das ferramentas ao nosso alcance, só que o seu aproveitamento é mínimo a não ser por aqueles que procuram apropriar-se da riqueza e do poder.
Por outro lado, desvalorizar impensadamente certas aprendizagens que requerem  a mobilização da memória individual e coletiva é uma das causas do insucesso da estratégia "aprender a aprender"... 
Não basta ser catavento para que o caminho se ilumine... O nosso sistema educativo nunca foi capaz responder aos problemas que deveria ajudar a resolver... é uma instituição obsoleta tal como outras que se dizem pilares da sociedade...

18.2.18

A notícia súbita

Elogio de Maria Teresa Belo

já passaram uns anos...
em certos dias, a memória
do trabalho
da tranquilidade
da disponibilidade
da bondade...
e agora, a notícia súbita
e contigo, a memória

Tenho de falar à Teresa... de Alexandra Lucas Coelho 

O ato censório do BC

Em tempo de pronunciamentos políticos e desportivos, as proposições devem ser claras e as preposições unívocas ou, no mínimo, não devem conflituar com os verbos de que dependem... (alusão desnecessária, mas a que não resisto...)
Este fim de semana tem sido de tal modo fértil em juras, proibições e anátemas que, de entre elas, destaco, o ato censório do BC, de quem não me atrevo a pronunciar o nome, e que, no meu mesquinho entendimento, deve sofrer de maligni Spiritus manifestationes...
Face à situação, creio que uma das profissões do futuro será a de exorcista...
O que não falta são BCs e respetivos fâmulos!

17.2.18

Preposições ambíguas

Albuquerque: “Não tenho problemas em divergir com Alberto João Jardim” Desvio regional

Chama-se preposição à palavra invariável, pertencente a uma classe fechada, que permite estabelecer relações de sentido entre duas partes ou elementos de uma proposição. 

Quando os lemos (ouvimos) nem por um minuto desconfiamos que Miguel Albuquerque e Alberto João Jardim possam divergir...
Unidos, divergem. Só não se sabe de quem! 
No espaço lusófono, há muito que assistimos à redução do número de preposições e à consequente utilização intensiva de umas tantas...
De qualquer modo, nem tudo é negativo, pois as preposições já revelam o estado mental dos atores políticos...
Para quem aprecie a análise política, proponho que comece pelas preposições...

15.2.18

Paroles... paroles...

A 1 de janeiro, o ano descolou com muitas promessas, a começar pelas do Governo.
Os dias passam... e nada.
Dizem-me que as promessas seriam prontamente cumpridas, não fossem dois obstáculos: o recenseamento profissional e o software.
Não encontro explicação, pois não creio que os deuses do Olimpo tenham alguma coisa a ver com o surgimento destes novos adamastores... mostrengos. 
No entanto, desconfio de que quem fez as promessas já tinha encomendado um novo software e um novo recenseamento...
E o incumprimento não deve ser por falta de dinheiro, tanta é a propaganda.