16.12.08

Numa terra de empatas...

Hoje, acordei com a ideia de que há por aí muitos empatas: médicos, sindicatos,  benfica, oposição...

Ouvimo-los, seguimo-los e, no fim, ficamos quase sempre a perder... Está claro que nem todos perdem. Há sempre uma minoria vencedora...

Por exemplo, no caso dos sindicatos da educação, já se começa a ver quem vai ganhar com a luta...

Eu cá por mim, vou trabalhar enquanto posso!

14.12.08

A serpente da cidade...

A rotina cansa. A novidade alegra. Mas nem sempre!

Nestes últimos tempos, a vertigem da mudança, da racionalização, da inovação trouxeram mais frustração do que euforia. Há quem suspire pelos tempos de mudança lenta, pelas aplicações em escala mínima...

Os tempos são de desassossego face à inconsistência das propostas e aos riscos da sua execução. Tudo leva a crer que a maioria dos líderes se deixa conduzir pelo sentido da oportunidade, descurando o ritmo da mudança e inerente adaptação...

E a dor alastra, alheia à rotina e à novidade..., como a serpente, investe os corpos e arrasa as cidades, pois os campos há muito foram abandonados...

O vento, a chuva (e a neve) estão aí. A rotina outonal! Hoje, o sol seria novidade! A mim, como a tantos outros, falta-me o sol! Sem ele, a esperança e a saúde diminuem...

(Em fundo, os promísquos de longa data proclamam lições de idoneidade e de defesa da causa pública. A demagogia prepara um novo incêndio...)

10.12.08

De Oliveira a Saramago...

O berço os separa, a criatividade serôdia os irmana. Apesar de tudo o que se diz, o cinema de um e a literatura de outro têm mais sucesso fora de portas...

Apesar de tudo, a  longevidade santifica. Por toda a parte, os hagiógrafos entoam laudas, eliminando de uma assentada os restantes criadores...

Quanto aos jovens, chegam indiferentes nas madrugadas cansadas...

5.12.08

Maria e Mário...

O que seria de nós sem eles? De peripécia em peripécia, a peste alastra, arrasa os fundamentos da educação, desacredita-nos irremediavelmente.

Irredutíveis, Mário e Maria disputam palmo a palmo um pedacinho de céu no espelho da fantasia.

3.12.08

Não cedo à pressão...

Afinal, o funcionário público sou eu! Sirvo o Estado e não qualquer governo ou projecto mais ou menos idealista de governo. Infelizmente, a ideia de Estado caiu em desuso e por isso não passo de um funcionário anacrónico e caturra, como diria o poeta José Gomes Ferreira.

Hoje não cedo à pressão, e vou trabalhar com ou sem RTP/SIC/TVI...

1.12.08

Imagens do tempo... no Porto

António Nobre nunca entrou no Majestic!
Será que estou parqueado ou os boémios deram-me volta ao miolo?
O Ramalho Ortigão (1836 -1915) não desgostaria de ver que na Livraria Lello o cliente esporádico é atenciosamente recebido.
Não consegui avistar o Rui Rio! Mas fiquei com a ideia de que a monumentalidade de uma parte da cidade começa a ser valorizada. Ou será que os meus olhos ainda não se libertaram do séc. XIX? Quanto aos desenhos da Graça Morais, acabei por avistá-los na galeria do Jornal de Notícias... mas só abria às 15 horas...

30.11.08

No Porto...



No Porto com muita chuva. Sem GPS por causa do isqueiro avariado. Primeiro, sem mapa e depois com mapa enxarcado... Tudo porque o Star Inn. Low cost design hotel, situado na R. Senhora do Porto, se revelou, quase, inacessível pela Estrada da Circunvalação... uma odisseia a lembrar a pior cegueira retratada por Saramago...
Salvou-se, no sábado, na Casa da Música, o concerto de violino ( Lucia Luque), de violencelo (Andrea Battistoni) e de piano (Sérgio Baietta) que interpretaram Beethoven e, sobretudo, Ravel.
Quanto ao domingo, mais familiarizado com o terreno, fiquei, no entanto, um pouco perplexo com o espectáculo dramático encenado por Igor Gandra "DAYDREAM", com base no conto "As Ruinas Circulares" de Jorge Luís Borges. O texto não passava de pre-texto para preencher 50 minutos pelo Teatro de Ferro. Lá terei de voltar a Borges...
O resto é o que sobra de uma enorme bronquite... e imagens natalícias de ruas com pouco movimento, onde, a espaços, relembro o jardim (romântico) do Palácio de Cristal e os retábulos barrocos da Igreja das Carmelitas, tudo com o sinuoso Douro como moldura...