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21.3.11

Palácio nacional de Mafra - In memoriam…


Este jogo ocupava reis e vassalos nos intervalos das caçadas na Tapada de Mafra. Os troféus, cruéis, enchem a sala Diana no palácio real, hoje moribundo… Da república, pouco há a assinalar, a não ser a pernoita de D. Manuel II, antes de partir definitivamente para o exílio… Apesar de tudo, Saramago devolveu-lhe algum do brilho que à pátria falece.

Claro está que aos jovens que, hoje, entraram no palácio nacional de Mafra, sob o olhar atento de S. Domingos e de S. Francisco, falta-lhes a distância para perceber que a monumentalidade do edifício mais não é que a expressão da fraqueza de um povo. Mas quem sabe, pode ser que Saramago os ilumine!


                       

11.2.11

A caminho…

Entregar o poder às Forças Armadas Egípcias é abrir o caminho para o abismo. Nas ruas e na caserna erguer-se-á uma oligarquia cimentada no ódio aos Estados Unidos e a Israel.

Esta satisfação ocidental em torno da partida de Mubarak mais não é do que um golpe de mágica para confundir o povo egípcio e mundo árabe.

De qualquer modo a ilusão é do Ocidente, pois o mundo islâmico não corre atrás da democracia! A laicização do mundo árabe não passa de uma fantasia ocidental!

23.1.11

Cartazes…

Se a diminuição dos cartazes é um bom sinal, não deixa de ficar por fazer o balanço daqueles que foram atirados para o desemprego!

Se a ausência de cartazes nos poupa os olhos, não deixa de ficar por saber quantos oftalmologistas perderam clientes que já tinham como certos!

Na minha zona de voto só há um cartaz esquecido que não desperta a atenção de ninguém, a não ser a de um outro trocista que o aproveita para despejar a sua ira.

No tempo dos cartazes, aumentava o consumo de latas de tinta, de lápis, de marcadores e de navalhas. Havia felinos, sobrancelhas gigantes, bochechas ou, apenas, bigodes. Havia, por vezes, aliterações fixes, metáforas paradisíacas e, sobretudo, havia SOL, coisa que, hoje, talvez para castigo nosso, deu lugar a uma luz esbranquiçada bem próxima da cor da agonia…

E foi neste tom que lá entreguei à urna um voto que deixou de ser meu para seguir o seu caminho! 

4.12.10

Nota Breve…

30 anos depois, o mito Francisco Sá-Carneiro sofre forte impulso, querendo fazer crer que o povo português é visceralmente sebastianista. De facto, o mito sempre foi alimentado por interesses de grupos que, colocados próximos do poder, viam nesse ideário uma via para a ascensão ao poder.

Até hoje, a solução sebastianista só trouxe violência e pobreza; só adiou a resolução da questão portuguesa. Infelizmente, Passos Coelho, também, não resiste ao aproveitamento da memória de Francisco Sá-Carneiro, um homem que, no seu tempo, sempre deu sinais de autoritarismo, e cujo partido, PPD, acolheu muito do que sobrou do antigo regime…

26.9.10

Entre o viva e o abaixo…

Lá arranjei tempo para visitar a exposição “VIVA A REPÚBLICA…” Entrei expectante e saí frustrado, ao contrário da maioria dos visitantes com quem já tivera oportunidade de abordar o assunto… E porquê? Porque a exposição deixou-me a sensação de que os políticos do 1º quartel do século XX gastaram mais tempo a destruir do que a construir; gastaram mais tempo em lutas fratricidas do que a incrementar o ideário republicano.

Deixou-me ainda outra sensação desagradável: a de que preferimos as soluções musculadas.