20.4.11

Gravidade…


O tempo não está para jogos florais!

Ao contrário do velho bode que bem sabe que a sua missão é perpetuar a espécie, o velho Portugal perde-se em Guerras de Alecrim e Manjerona! Guerras estéreis e suicidas!

O velho e ignaro Portugal há muito que deixou de ler António José da Silva. Depois de o ter queimado, esqueceu-o definitivamente… Agora, cabeça baixa, verga a espinha, estende a mão e agradece espalhafatosamente que ainda o deixem gerir as migalhas que venham a sobrar do resgate…  

19.4.11

Rios interiores

Bem longe
                do bulício da cidade...
                do FMI..
                do Sócrates e do Passos...
                dos comentadores do momento
                da casca do presente
                dos nobres desatentos
                dos louçãs e dos jerónimos
Com ou sem portas...
                 caminho sem destino
                 atravesso lugares sem saída
E de súbito
                   compro queijo de cabra, a estranhos queijeiros...
                                   holandeses, talvez!



18.4.11

Interiores…




Visto de fora, o país resume-se a um extenso areal repleto de corpos ociosos. Visto de dentro, o país é um mosaico de interiores, abandonado.
(Por estes dias, perco-me no pinhal interior, nos rios interiores!)

17.4.11

Instalação “Memórias”


No Centro Comercial TURIM, Estrada de Benfica, uma instalação que aproveita as radiografias para dar expressão à construção de memórias.

A QUENTE… e a FRIO!



Ao lado, na Sala de Teatro, até 8 de Maio, THERE’S AN ELEPHANT IN THE ROOM, por Filipa Leão, Sophie Pinto, Vanda Cerejo.

(Iniciativas de quem luta contra a inércia e a injustiça de um país que ignora o presente e o futuro.)

O impasse…




Quando a casca esconde o miolo, só a mudança de atitude poderá ajudar a sair do impasse.

Fora das cidades, há um país por explorar; há campos por cultivar.

No entanto, felizes, procuramos os areais!

(Já em tempos, D. Sebastião se enganara no caminho!)

15.4.11

Cilindro compressor, Acto 2

 (Manhã) A vacuidade das respostas da prova de exame de Literatura Portuguesa dá corpo à teoria de que os classificadores são excessivamente benévolos e, sobretudo, que testar conteúdos leccionados no 10º ano não faz qualquer sentido, isto se considerarmos a fragilidade da memória dos examinandos. Para quê sobrecarregar-lhes os neurónios?

Relidas as respostas às provas de exame das disciplinas de Português (língua materna e não materna) e de Literatura Portuguesa, percebemos a opção das duas últimas décadas: a aposta nas competências. A substituição do ‘conteúdo’ pelo ‘continente’, do miolo pela casca!

E este é o caminho que origina a ‘geração à rasca’! Uma geração que começa a compreender que alguém lhe serviu a casca, apropriando-se do miolo. O que, de modo nenhum, significa que estejamos perante uma geração desmiolada!

(Tarde) A aplicação da catequização processa-se de forma mais ou menos tranquila, pois o problema a resolver consiste em responder de acordo com o ESPÍRITO do GAVE. Quem sabe se as ‘línguas de fogo’ nos iluminaram os neurónios?

Da minha passagem por este “secador”, fiquei sem compreender a “teoria” que me reduziu a uma “estrutura” que, no meu caso, me situa entre os 55 e os 65 anos…

(O Acto 3 segue dentro de dois meses e prevê-se que o drama termine num Ato 4, em forma de relatório de 3 páginas A4, no início do próximo ano lectivo.)

14.4.11

O cilindro compressor…

Incapaz de agir a montante, o ME encarregou o GAVE de resolver o problema a jusante. E para o efeito, pôs em marcha o cilindro uniformizador. Este, no essencial, selecciona uma fonte de erro – o professor classificador – e submete-o, em regime intensivo, a uma lavagem ao cérebro que faz lembrar os velhos cursos de cristandade que, também, eles almejavam a fiabilidade intersubjectiva, em nome do ESPÍRITO de (DEUS / GAVE).

Apesar dos assomos de revolta dos catecúmenos, este adaptam-se rapidamente, pois vêem na estratégia seguida o caminho redentor que lhes permitirá replicar a boa nova, eliminando definitivamente os escolhos que ensombram o percurso dos respectivos neófitos.

(O Secador, Final do 1º Acto)