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22.3.15

Com a crise...

A persistência pode ser uma prova de vida. Há, no entanto, situações em que se esgota a paciência. E quando tal acontece, é preciso pôr um travão... 
O problema é que, com a crise, as pastilhas deterioram-se de tal modo que do choque das lâminas de aço se levantam faúlhas que acabam por nos incendiar...
(...)
Encaro-o de frente, oiço-lhe a garantia de que não anda a pedir para se drogar, mostra-me os braços como prova, e eu dou-lhe 50 cêntimos. Afinal, ao domingo, naquela rua, não se paga parquímetro. Habitualmente pago muito mais para estacionar e ninguém me explica qual é o destino daquelas moedas.
(...) As ruas de Lisboa são sacos sem fundo. Entramos e já não saímos, a não ser de marcha atrás... E quando a Câmara não instala pilaretes a bloquear a saída, há sempre um automobilista que se encarrega de estacionar à porta de casa...
Creio que vou comprar uma picareta e depois logo se verá!  

22.2.12

Um tempo pobre…

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Ao lado, um casebre em degradação no casco da vila. Por detrás, as muralhas, parte delas, em ruínas…

O arco, abandonado à sorte da natureza, esconde-se, envergonhado da nossa inépcia.

É essa inépcia que explica o nosso cativeiro!

27.4.11

Cainhez de vida…

Há alguma vantagem em criar um órgão a que falta função? (Aquilino Ribeiro, Aldeia, 1946)

Há quem afirme que a resolução da crise passa pela reposição do escudo, pelo consumo de produtos portugueses e pela diversificação das exportações.

A ideia parece radical, mas, para muitos - os pobres -, este tese  não traz qualquer perigo.

E, de facto, a quem interessa o euro? A todos os que se habituaram a um estilo de vida “europeu”, sem, de verdade produzirem o suficiente para o justificar.

E porquê? Porque desde que a CEE abriu a torneira, desatámos a criar órgãos a que faltava a função…

Estará a TROIKA consciente desta nossa peculiaridade?  Se não estiver, os pobres ficarão mais pobres; os remediados ficarão pobres; os ricos ficarão mais ricos!

22.4.11

Teixeira dos Santos

Teixeira dos Santos, desde 2005, ministro da fazenda, voluntaria ou involuntariamente, delapidou-a ou deixou delapidá-la. Num país com poucos recursos, este ministro não pode receber ordens! Compete-lhe interpretar, a cada momento, a situação financeira do país, impedindo que a megalomania dos seus pares, ou mesmo do primeiro ministro, arruine o país.
Vista a questão deste modo, este ministro das finanças revelou-se um homem sem o carácter exigido pelas circunstâncias!
De qualquer modo, não faz  sentido o alarido criado em torno da sua ausência da lista de candidatos a deputados do Partido Socialista.
Como escreveu Aquilino Ribeiro em Aldeia, Terra, Gente e Bichos (1946): «O português resigna-se a tudo menos a não ter opinião ou a não deitar a sua sentença. E como se julga o mais competente, vá de impor-se e não permitir que os outros pensem diferentemente. O nosso sectarismo e mesquinhez social estão muito nisto.»  

1.4.11

Videirinhos…



O «rating» português está à beira de ser classificado como LIXO! E tudo porque não sabemos valorizar o capital simbólico. Governados por especuladores sem alma, perdemos, a cada dia que passa, os valores e o património edificados durante um milénio.

Incapazes de banir os videirinhos que já se aprestam a manter ou a reconquistar as cadeiras do poder, continuamos a assistir ao descalabro económico e financeiro do país sem perceber que é tempo de lançar mãos à obra.

Em termos imediatos, precisamos de aprender a identificar os videirinhos,  afastando-os do poder nas eleições de 5 de Junho.

E outra  forma de inverter a presente situação passa pela criação de um movimento geral de rejeição das importações. Há um número ilimitado de produtos (e de ideias!) supérfluos de que podemos facilmente abdicar!

E para delinear essa estratégia , precisamos de novos governantes para quem o capital simbólico represente um trunfo e não um fardo!

26.3.11

Apesar de…

Apesar da chuva e da sombra, Mação não esquece a música.

( Chove intensamente e o Tejo, aqui ao lado, parece agradecer!) 
Apesar da Isabel Alçada, dos sindicatos, do Parlamento…, a escola primária reinventou o presente.

(E esperemos que a chuva dê vida às árvores de Mação, antes que a canícula chegue!)
Na barragem, a água presa…

por cima, a água solta!
A barragem, vista de longe, parece um comboio azul da CP, em greve…
( De perto, as comportas ignoram o desacerto do país…)
Entretanto, por perto, o país, ocioso, continua a encher o bandulho…

24.3.11

Al-quadus (balde de nora)

Ainda não passaram 24 horas, mas já se enxerga um alcatruz alaranjado cheio de professores! Quantos são? Quantos são?

Entrámos na Primavera laranja!

Resta saber se também fazem aprovar a demolição de todos os gabinetes, entretanto, criados para gerir e supervisionar o processo de avaliação!

23.3.11

Alcatruzes…

Todos dizem que são precisas medidas imediatas para resolver a crise financeira.  Uns com o FMI, outros sem o FMI. Todos confiam no povo português… e este confia em quem? em D. Sebastião? na Nossa Senhora de Fátima? nos jovens à-rasca? no jogo do pau?

A verdade é que o povo não existe. Nunca existiu!

O povo mais não é do que um mito romântico que tem justificado um conjunto de “causas” de grupos mais ou menos organizados para a conquista do poder.

A nora já começou a rodar… e os alcatruzes já estão a postos para secar a mina! Inexoravelmente, uns descem e outros sobem…

PS: Afinal, o Presidente da República sempre tem «margem de manobra»: deu 48 horas a Sócrates para que seja ele a estender a mão aos «amigos» europeus! 

22.3.11

Margem de manobra…

I - Presidente da República:“…tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra de um presidente da república atuar preventivamente”.

Nunca pensei que um Presidente da República, a 24 horas da catástrofe, pudesse fazer tal declaração! De verdade, não soubemos interpretar aquele tom mastigado e arrastado como sintoma de inaptidão para o desempenho da função presidencial. E agora vamos sofrer as consequências da nossa cegueira.

O Presidente, incapaz de actuar preventivamente, e fazendo de conta de que não dispôs de informação a tempo e horas, prepara-se doentiamente para o rescaldo… Para que servem a Casa civil e a Casa militar da Presidência? Não será precisamente para suprir as dificuldades de comunicação entre os órgãos de soberania, que, para bem da nação, devem usufruir de canais de informação próprios?

Em situações de perigo, de crise, de catástrofe o que define o homem é a capacidade de manobrar na linha que separa a vida da morte.

II – Por outro lado, e na mesma linha de actuação, o Partido Socialista continua, também ele, à espera do rescaldo, na expectativa de que o engenheiro Sócrates seja definitivamente devorado pelo incêndio. 

12.3.11

Os novos…

Há novos eleitores! Desceram a Avenida e descobriram que ou os deixam votar ou, da próxima vez, a bonomia terá cedido o lugar à violência.

Por isso, o que o Governo e a Assembleia da República devem fazer é devolver a decisão ao povo.

9.3.11

Para que serve um presidente?

Não encontro uma resposta que possa servir o país!

Se o presidente é a pessoa melhor informada sobre o carácter do primeiro ministro e sobre o modo como o partido socialista se apropriou do Estado, porque é que não o diz de forma clara ao povo. Porque é que, em vez de esperar pelo sobressalto dos «jovens do futuro», não dissolve a Assembleia da República e entrega a decisão ao povo que tanto ama?

Este presidente prefere a guerrilha à assunção dos seus poderes. Já foi assim no primeiro mandato e, hoje, apostou claramente na estratégia rasteira de atacar, para, de imediato, retirar. Faz o diagnóstico, mas não explicita as causas, e, sobretudo, não diz como é que tenciona AGIR de modo a ajudar o país a sair da crise.

Este presidente dá a entender que sabe o caminho para nos libertar do cativeiro, mas esconde-o, como quem quer ajustar contas antigas!

No que me diz respeito, não sei para que serve um presidente que faz bluff! O homem providencial nasceu, um dia, na Figueira da Foz!

E, infelizmente, a matriz deste país reside na providência desde Ourique!

30.1.11

Canalhocracia em evidência...

Li algures que, na época da Regeneração (1851-1865), o poder foi de tal modo disputado e concertado que a riqueza nacional caiu nas mãos da canalha que governava. De facto, nos dias que correm tudo parece correr do mesmo modo: Passos não tem pressa; Cavaco detesta a bomba atómica; Sócrates afasta, como pode, o FMI. Porque será?
Porque a entrada do FMI em Portugal acabaria por destapar o saque a que a canalha submeteu o país e a Europa, em nome da democracia.

21.1.11

Um pouco de cor, um fio de luz...

A sombra fria parece abater-se sobre a velha pátria exaurida e nada do que possa acontecer no Domingo parece poder alterar o rumo... Só a luz e a cor insistem em nos lembrar que, para além dos títeres, há sempre um futuro em aberto... Por isso não o desperdicemos...

20.1.11

7…

Se não tivéssemos comprado 2 submarinos, hoje, seríamos um povo feliz. O défice seria de 7%! Ora, como bem sabemos, o povo ama, como nenhum outro, a redondilha maior e o heptassílabo. Desde que os trovadores se “aportuguesaram” que o octossílabo e o decassílabo entraram  em decadência na língua do povo… Camões ainda tentou mudar o estilo sorna e labrego, substituindo-o por um estilo grandíloco, cheio de oitavas e de decassílabos heróicos, mas sem êxito. A decadência já assentara arraiais nas mentes lusíadas!

Os nossos parceiros europeus já compreenderam que obrigar-nos a baixar o défice dos 7% é o melhor caminho para acabar, de vez, com a raça lusitana! O 7 é a nossa porta de entrada e de saída (a nossa alma!) e sem ele, só nos resta morrer de inacção…

Entretanto, enquanto a hora derradeira não chega, ainda podemos ir votar no pentassílabo, apesar do risco de voltarmos ao decassílabo, e de cairmos definitivamente no abismo ao som do cavaquinho de pé quebrado…

18.1.11

A Sagrada Família…

Enquanto o Governo procede à destruição paulatina da escola pública, o Candidato incentiva alunos, professores e pais a revoltarem-se contra a redução dos subsídios ao ensino privado.

De momento, o Governo está empenhado em transferir as responsabilidades de financiamento para os fundos europeus e, sobretudo, em alterar a matriz curricular, eliminando, por exemplo, a Área de Projecto, e fazendo tábua da revisão curricular aprovada pela Assembleia da República.

Em síntese, a Sagrada Família prossegue o objectivo de entregar o Estado aos grupos de interesses que se foram constituindo desde 1974.

14.1.11

O mujimbo…

“O mujimbo é uma arte de governo.” (Pepetela, Lueji)

Entre a verdade e a mentira vive o mujimbo (o boato). Em pleno relativismo cultural, só o mujimbo circula impune e impõe a sua lei.  (Um candidato sente-se abraçado pelo povo; um segundo fala em nome do povo; um terceiro diz-se acima do povo.)

A ninguém interessa o número exacto da dívida! A ninguém interessa a delimitação do conceito! E como não interessa a ninguém, o número torna-se intangível e o conceito desliza, sob a forma de noção, para uma suave indiferença que mata definitivamente a verdade e a mentira.

A velha dicotomia extingue-se iluminada pelo mujimbo. 

11.1.11

Indicadores…

Hoje, de manhã cedo, numa pastelaria da Praça Dona Estefânia, em Lisboa, um cliente dirige-se ao balcão e declara secamente à funcionária: Quero urinar!

Há dois dias, no Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações, um suposto cliente de meia idade entra num provador e urina ali mesmo.

Felizmente que destes acontecimentos não corre notícia; no entanto, eles são bons indicadores da degradação dos nossos comportamentos…

E a propósito de indicadores, vale a pena considerar o modo como o Presidente da República comentou hoje os números apresentados pelo Governo. Considerou-os, apenas, um indicador…

Um notável indicador de baixa política!

6.1.11

Quem são os responsáveis?

Hoje, a situação de incumprimento já leva ao encerramento dos programas, como, por exemplo, o K’CIDADE.
O dinheiro existe mas desaparece antes de chegar aos trabalhadores. Quem é que fica com ele?
O jornalismo de investigação bem poderia seguir-lhe o rasto, porque, de verdade, os parasitas estão de tal modo colados ao filão que, no fim, não sobra um cêntimo…

4.1.11

O corpo da crise…

Por razões particulares, hoje percorri parte da A1. Trânsito fluido. Gasolina e portagens mais caras. Restauração das áreas de serviço às moscas… A crise já começa a ganhar corpo. Menos procura, menos consumo = mais desemprego!

Ao lado, os campos continuam desertos e as cidades fervilham de subsídio-dependentes… Os municípios, endividados, não cumprem os compromissos eleitorais, como está a acontecer com a socialista Câmara Municipal de Lisboa que, impunemente, deixa morrer o Programa K’CIDADE, não honrando os seus compromissos…

A crise ganha corpo porque os governantes, há muito, venderam a alma. E quem perde a alma deixa de saber o que é a HONRA!