Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
31.5.13
Visão bipolar
30.5.13
Sob ameaça...
29.5.13
A décima irrelevante
Sôbolos rios que vão
por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
as lembranças de Sião
e quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
de meus olhos foi manado,
e, tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
(...)
28.5.13
O rumor das águas
( Na hora em que as palavras tecidas de luz são já a noite.)
Ainda há quem pense que o encanamento das águas é a melhor forma de controlar os aluviões, mas estes, resolutos, rompem os diques e arrastam tudo à sua volta…
Por tudo isto entendo que há momentos em que mais não devemos fazer do que ouvir o rumor das águas porque, ao fazê-lo, adiaremos a chegada à foz.
No caso dos rios, de nada serve a estratégia do contrafogo! Aos rios há que deixá-los fluir livremente…
As águas misturam-se e num caudal único correm para a foz. A junção dos rios contorna a sedimentação externa e não exige qualquer tipo de mediação.
/MCG
O Caso de Barbacena
26.5.13
Nem sombra de areia na Praia do Matadouro - Ericeira
Nem sombra de areia na praia do matadouro. Só vento frio! A situação pode parecer ocasional, mas duvido.
O parque de campismo da Ericeira está quase vazio, o percurso pedonal ao abandono. Na autoestrada, Ericeira – Lisboa e vice-versa, quase ninguém: um ou outro veículo com marcas de final de taça (de Portugal? da Liga?) ventosa lá para o Jamor!
Um regresso antecipado, mas tranquilo! Ruas desertas, o quiosque dos jornais vazio, só na boutique do pão, a fila cresce desmesuradamente, talvez, porque já só sobra para enganar o estômago.
Enquanto isso, vou lendo os títulos da imprensa online. A maioria vai dizendo que os portugueses estão no bom caminho! Só se for o dos defuntos!
25.5.13
Aqui chegado…
Aqui chegado , de pouco me serve a revolta ou o compromisso, o caminho que me falta percorrer exige que olhe atentamente o solo onde coloco pés e que não desperdice energia, pois o vento se encarregará de aproveitar qualquer distração. É mais fácil lançar-se ao mar do que regressar! |
24.5.13
Um banco vegetal
No caso de morar ali alguém será por pouco tempo. Todavia uma coisa o desalojado terá assegurada: um banco vegetal! Pode parecer pouco, mas tem assento e espaldar para poder descansar e, se quiser dormir, a enxerga é de relva aparada.
E como há quem diga que o futuro a deus pertence, fico-me pelo presente!
7 não rima com 17!
23.5.13
Uma película muito fina...
22.5.13
Lisboa, às 14 horas…
Hoje, o rosa alastra, só o consumo interessa! No entanto, às 14 horas, as ruas da cidade estão quase desertas…
/MCG
21.5.13
Misérias
20.5.13
Vidros esfumados
19.5.13
"Última Vontade" de Ruy Belo
18.5.13
Na cidade
17.5.13
Golpes baixos
- Para o CDS «a greve dos professores é um golpe baixo». E eu estou de acordo, pois o PP já percebeu que a sua defesa intransigente dos aposentados e pensionistas está a ser posta em causa. Assim, não irá ser possível sacrificar uns milhares de professores para assegurar uns milhões de votos.
- De qualquer modo, em matéria de «golpes baixos», o CDS não está sozinho. Sempre que o vento sopra de feição, os sindicatos não descansam enquanto não deitam o porta-aviões ao fundo. A decisão de fazer greve começou por não ser abrangente: há sindicatos que ainda vão pensar, isto é, vão escutar os diretórios políticos. Outros, que ainda vivem no tempo da fava rica, analisada a situação, resolveram marcar não um dia de greve aos exames nacionais, mas 4 ou cinco, para além de uma manifestação. Não há fome que não dê em fartura!
- Olhando a estratégia, não se percebe a qualidade do raciocínio sindical. Os sindicatos deveriam saber que, sem afixação das classificações do 3º período, não poderá haver exames no dia 17 de Junho. Deste modo, não faz qualquer sentido convocar uma greve para as avaliações e uma outra para o primeiro dia de exames. Basta olhar para o calendário! Esta estratégia acaba por ser contra os professores que, mal remunerados e sobrecarregados com trabalho, acabarão por se alhear da defesa da escola pública.
- E claro, nesta situação, já começam a levantar-se as vozes contra os professores: os madraços não querem saber dos alunos, as verdadeiras vítimas...
- É tudo tão primário e previsível neste país!
16.5.13
Co'a palmatória
De bolorentos livros rodeado,
Moro, Senhor, nesta fatal cadeira:
De quinze anos a voraz carreira
Me tem no mesmo posto sempre achado.
Longo tempo em pedir tenho gastado,
E gastarei talvez a vida inteira;
O ponto está em que quem pode queira,
Que tudo o mais é trabalhar errado.
Príncipe augusto, seja vossa a glória,
Fazei que este infeliz ache ventura,
Ajuntai mais um fato à vossa história;
Mas se inda aqui me segue a desventura,
Cedo ao meu fado e vou co'a palmatória
Cavar num canto da aula a sepultura.
Nicolau Tolentino (1740-1811)
15.5.13
Contra os professores
14.5.13
Lisboa, a porta da Europa
13.5.13
Matizes
Vou ficar a olhar para a multiplicidade dos matizes. Sei que não os consigo diferenciar a todos, mesmo ampliando a imagem… e enquanto o faço deixo de pensar nos jogos malabares dos corifeus que nos desgovernam.
Há, no entanto, uma pergunta que me atormenta: – Quem é que nos garante que o rosário de contas que nos desfilam não é falso?
12.5.13
Se Alberto Caeiro…
Se Alberto Caeiro aqui tivesse posto os olhos
ninguém lhos arrancaria dali!
As cores das flores e das borboletas não o deixariam partir
os zumbidos dos besouros e das abelhas seriam a música de todos os dias.
Pelo menos até que a Primavera se despedisse…
ou os frutos maduros o inebriassem…
11.5.13
O Rei da Helíria
10.5.13
Nesta fúria de convergência...
9.5.13
Na ausência do referente
8.5.13
Encenações
7.5.13
A gaivota e a sereia
6.5.13
Um dia sombrio
5.5.13
O retorno à miséria
4.5.13
Do rigor do exame do 4º ano...
3.5.13
O Tejo assoreado
Desta vez, fiz o percurso a pé. Quis comprovar se, depois das cheias, o Tejo continuava transbordante. Afinal, está assoreado! Tal como no último Verão! Triste indicador! A ponte cumpre a sua função, ao contrário da ministra Cristas que, ainda, não percebeu que o desperdício de água se paga caro… e, em maio, o Tejo vai morrendo aos poucos.. /MCG |